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Relato da 2a. oficina de cozinha (2a. parte)

Continuação do relato da 2a. Oficina de Cozinha:

“5 – As receitas produzidas:
Farofa Viva – Irma passou todo o processo para a produção da farofa viva. Como fazer? Bater a mandioca/aipim no liquidificador, coar com um pano (voal) e deixar secar ao sol. Depois, bater um pedaço de coco no liquidificador, sem água. Para cada duas porções de aipim, uma de coco. Então misturar cebolinha e coentro japonês bem picados, curry (aroma e cor), cenoura ralada (o lado mais fino do ralador), maçã em pedaços e sal e azeite a gosto.

Torta de aipim com jaca:
Recheio: 400g de jaca verde cozida e cortada em pedaços pequenos. Numa frigideira coloque a gordura (dar preferência a óleos não transgênicos, como manteiga, azeite, óleo de palma, guee, etc.) e deixe esquentar. Despeje a jaca e deixe selar. À medida que vai selando, coloque o suco de 1 limão, cebola e/ou alho e/ou gengibre. O limão dá um toque especial à carne de jaca!

Preparação da “carne de jaca”: (explicada pela Ana Santos): colher a jaca verde (ver pela cor, antes dela começar a amarelar), lavar bem com auxílio de uma escovinha. Cortar em cubos, passando antes óleo na faca e nas mãos, para não grudar. Cozinhar por 5 minutos, na pressão, imersa em água. Tirar a casca e preparar o resto. O CEM está pesquisando formas de utilizar a casca para fazer um “bife”. Os participantes ganharam um livreto do CEM sobre a Jaca verde.

Massa da Torta de Aipim: Ver relato da 1a Oficina
Salada viva (com tudo cru) – batata doce crua ralada, abóbora crua ralada, quiabo cortado bem fininho, abacate…

Refogado de mamão de vez: Lucimar trouxe um mamão “caipira” do seu quintal que estava “de vez” (nem verde nem maduro). E ele foi refogado por Milca, com temperos. Já estava laranja Ficou muito gostoso, adocicado.

6-Produção de placas para Identificação dos matos/PANCs:
A proposta inicial era de identificar as plantas e fazer placas para serem colocadas no quintal do CAC, da forma como num jardim botânico. Para as placas foram utilizadas madeiras de reaproveitamento de caixotes, pintadas (pelo pessoal do CEM) com 3 diferentes cores para diferenciar plantas cultivadas, matos comestíveis e plantas medicinais. O nome das plantas foi escrito com tinta de madeira e com caneta fosca. Não foi possível colocar no jardim pois estava chovendo e a tinta estava fresca. Também foi sugerido que essa ação aconteça com as crianças, numa volta da comissão de culinária da Rede Ecológica num dia de semana. Pode ser interessante fazer fichas com fotos e com a descrição de cada planta e seu uso, para deixar na biblioteca do CAC.

7- Bate papo de avaliação:
Após o final da oficina, foi feita uma avaliação eu uma conversa sobre a próxima atividade de cozinha a ser feita no CAC, que será voltada para crianças e mães de alunos do CAC e tem também o objetivo de mobilizar pessoas para participar dos novos grupos de consumo. Neste momento estavam presentes as pessoas do CAC: Adriana (coordenadora), Lucimar (voluntária e mãe de ex-aluno), Késia (professora); a comissão de culinária (Ana, Beth, Bibi e Milca) e também Joice e Diogo (que filmaram a oficina).

Joice e Diogo expuseram a proposta que estão apresentando a um edital do Canal Futura, voltado para a agroecologia, de um programa com 13 episódios de 26 minutos, que acompanhem desde a colheita até a elaboração de receitas com produtos de produtores familiares agroecológicos e que tem uma proposta semelhante à das Oficinas de Cozinha. Eles filmaram toda a oficina e vão editar um pequeno vídeo.

Adriana comentou que texto-convite e o relato da 1a Oficina permitiram um melhor entendimento do trabalho. Visando despertar o interesse das mães e pais de alunos pelas oficinas, foi preparada uma fichinha com três perguntas para serem respondidas pelxs responsáveis, perguntando se comem estas plantas não convencionais. Perceberam que há um certo preconceito com estes alimentos, considerados como inferiores e “de pobres”, com uma valorização de produtos mais industrializados.

Combinamos dois encontros: Fixar as placas nos canteiro com as crianças, a ser feito durante o horário escolar, num dia de semana – momento de conversar e construir juntos/as o próximo encontro. Num segundo momento, a oficina com os pais. Foi solicitado que seja num sábado e num único período (de 10 a 16 é muito tempo).

Avaliou-se que o almoço nesta oficina saiu muito tarde e que, em caso de chuva, é melhor adiar a oficina, pois há uma diminuição muito grande na participação.

8 – Contribuições/agradecimentos:
A todos e todas que dedicaram seu domingo a estar junto compartilhando saberes e sabores.

À agricultora Irma, que multiplica seu conhecimento, sempre com muito bom humor e simpatia. Seu amor ao alimento nos envolve de maneira bem sinérgica e especial.

À produtora Raio Verde Filmes – Joice e Diogo, que documentaram toda a atividade, gerando ainda um catálogo das espécies encontradas.

Ao CAC que não somente abriu suas portas, mas seu coração. Está muito gostoso esse envolvimento.

Nos vemos no próximo encontro!
Equipe Cozinha – Programa Campo e Cidade.