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Um elo entre a ditadura e o agronegócio

Tese de doutorado revela como viveu, sob o regime militar, a Esalq — uma das principais faculdades de Agricultura do país. Oposição foi aniquilada. Pesquisa científica voltou-se a apoiar a grande propriedade.

O pesquisador da Unicamp Rodrigo Sarruge Molina defendeu recentemente sua tese de doutorado em que aborda a repressão política com assassinatos e prisões que ocorreu na Escola de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), campus de Piracicaba da USP. O estudo “Ditadura, agricultura e educação: a USP/Esalq e a Modernização conservadora do campo brasileiro (1964 a 1985)” é de fundamental importância para compreender o papel da Esalq no desenvolvimento do agronegócio.

O papel que os órgãos dirigentes da USP cumpriram na repressão política contra seus próprios estudantes e professores durante a ditadura no Brasil é já relativamente conhecido e divulgado. Da cadeira de reitor da USP saiu Alfredo Busaid, redator do AI-5. A Associação de Docentes da USP (ADUSP), reeditou “O livro negro da USP (1964-1978), com o nome alterado para “O controle ideológico na USP (1964-1978) em que se denuncia o papel que diversas instâncias da universidade cumpriram na perseguição política, particularmente em escolas como a Faculdade de Medicina, que fizeram uma verdadeira devassa em todos os que parecessem “subversivos” em qualquer nível.

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