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situação do núcleo Itaipava

Nos preparativos da reunião da comissão gestora, Denise Gonçalves, de Itaipava, que não pode vir nem conseguiu que outro associado viesse, mandou o seguinte relato, relativo a este período do núcleo até março de 2014:
O núcleo Itaipava tem hoje 15 cestantes, sendo um deles o diretor da APA, apoiador do núcleo. O grupo está mais enxuto, são esses seus principais problemas:
1. Participação. Precisa ser trabalhada. Julia e Ingrid têm dividido comigo a organização do núcleo, Ingrid vai entrar na CG, ainda não o fez porque se mudou e está com problemas para conseguir internet. A Ana Leite que era candidata à CG desde o início quase saiu da Rede porque está muito envolvida com a criação de uma comunidade no Brejal e está dando aulas lá aos sábados, por isso não está disponível nesse momento. Temos 4 produtores/artesãos a quem não podemos pedir nada a meu ver, não têm internet, etc. Maize ou Tomaz se comprometeram a participar de um mutirão no Rio, eu e Julia participaremos de um outro. Maria Claudia e Christine são médica e fisioterapeuta antroposóficas e não têm muito tempo, participam na hora da distribuição dos produtos e divulgam bastante a Rede entre pessoas conhecidas, acho que poderiam contribuir com a classificação das cartas mas até hoje não consegui saber como funciona para propor isso a elas. Precisamos então, urgente, de um segundo membro na CG.

2. Acolhida. Não conseguimos fazer a acolhida com os ppts, as pessoas que procuram a Rede são muito esparsas por enquanto para conseguir juntar um pequeno grupo. O que temos feito é insistir para que a pessoa entre no site da Rede e procure entender bem o que é e qual o significado da compra coletiva, que existe um compromisso com o coletivo, etc. e se resolver que quer participar mesmo deve entrar em contato comigo. A Ingrid entrou assim. Precisamos levar os ppts para outros espaços para fazer um trabalho maior de conscientização que deve se refletir na consolidação do núcleo.

3. Distância. Um dos maiores problemas que enfrentamos e que dificulta o coletivo é a distância. No Rio os núcleos são em bairros e há uma proximidade natural já que as pessoas moram perto. Aqui cobrimos toda Petrópolis e as distâncias são muito grandes, fora o trânsito intenso nos sábados de manhã. Sou a única que mora em Itaipava (onde acontece a entrega), os outros moram em Petrópolis centro, Araras, Vale das Videiras, Secretário. Com isso o pessoal acaba vindo apressado, às vezes um que mora perto leva o pedido do outro, quando acaba a distribuição está na hora do almoço e as pessoas têm que ir embora, nem a feira da APA atraía quando estava funcionando. Para a próxima entrega estamos programando com antecedência atividades (oficinas, trocas, etc) envolvendo o grupo, com o intuito dela virar um “programa de sábado”. Esperamos reforçar o coletivo através desses encontros, até agora as tentativas que fizemos de passar os ppts, etc foram sempre apressadas.
Resposta da equipe: Talvez seja importante considerar a mudança do nucleo para o centro de Petrópolis, que tem uma população muito maior.

4. Envolvimento dos produtores na compra coletiva. É complicado, até hoje, além do pessoal da feira da APA (que continua comprando), só temos o Edivaldo (que é presidente da APOP). O problema é que sábado é dia de feira e muitos vão pro Rio. Os produtores do Brejal não se interessaram em participar talvez porque a gente não tenha enxergado uma logística, o que não é muito fácil: eles querem ver a lista antes mas a maioria não tem internet, precisariam passar o pedido pelo telefone para um “administrador” mas teriam que se organizar pra isso, e a entrega? Teriam que ter um mutirão lá. O Edivaldo, que mora no Jacó, passa pela APA depois da feira que faz em Petrópolis, então uma de nós tem que esperá-lo. As reuniões da APOP que poderiam ser uma maneira de viabilizar a participação dos produtores ainda não surtiram esse efeito. Precisamos insistir para fazer com que os produtores se interessem – é “água mole em pedra dura” – para encontrarmos as soluções junto com eles.

5. Como atrair mais pessoas pra Rede? Temos falado sobre a Rede em eventos, etc, as pessoas acham legal mas quando falamos de responsabilidade e compromisso recuam. Já ouvi a crítica de uma pessoa interessada: “como a gente não tem acesso à lista quando entra no site? parece um grupo fechado…” A maioria entende mas não quer se mexer, outros não querem compromisso, o consumidor aqui está muito atrasado na conscientização. A situação ainda se complica porque existem pouquíssimas possibilidades de se dar visibilidade e exercitar o consumo consciente, a compra direta, etc. já que os produtores de orgânicos daqui não se interessam em vender localmente, praticamente toda a produção orgânica vai pro Rio. Temos a impressão de começar do zero quando pensamos em unir as duas pontas, produção e consumo sustentável, parece haver um desinteresse mútuo que precisa ser quebrado. Estamos iniciando uma parceria com uma faculdade particular daqui, a FASE, que tem cursos de medicina e nutrição, achamos que esta é uma oportunidade de construir um trabalho de conscientização mais estruturado envolvendo estudantes e professores. E precisamos levar a Rede e o tema do consumo consciente para outros espaços, a feira da APA está em pausa para reestruturação e não chegou a servir como bom meio de divulgação porque tinha muito pouco público.
Resposta da equipe: Achamos procedente o pedido de inclusão da lista de produtos com preços no site. Estaremos implantando em breve a inclusão das listas no site .aguarde um pouco!

6. Fazendo um balanço: nas últimas conversas sobre a reunião da CG do dia 20/03 o núcleo Itaipava foi criticado por ser “problemático” e estar “onerando” a Rede. Gostaríamos de entender melhor essa crítica, e ao mesmo tempo nos colocar diante dela. Somos um núcleo fora do Rio e não podemos atuar como um núcleo do Rio, isso não seria lógico nem sustentável. Estamos numa região produtora e nosso principal papel é de acompanhar e reforçar os laços com os produtores, e é o que estamos fazendo: com a parceria Rede/Slow Food, somos parte da diretoria da APOP – Associação dos Produtores Orgânicos de Petrópolis, estando presentes em suas reuniões mensais onde podemos entender a situação local e interagir com os produtores; acompanhamos a certificação do SPG e fazemos parte do conselho da APA Petrópolis onde representamos o tema do consumo/sustentabilidade ambiental. Precisamos fazer um programa de visitas aos produtores que fornecem para a Rede. A participação interna ao núcleo tem melhorado apesar da divisão de tarefas não estar igual, porque isso depende também das disponibilidades de cada um que são diferentes, além de ser um processo.
Precisamos sim melhorar a participação na estrutura de Rede, somos um núcleo novo e isso é uma construção. A participação presencial sistemática em atividades no Rio é bem complicada, Petrópolis hoje é um perto/longe por causa do tempo que se perde em ir e voltar, e é quase impossível durante a semana. Temos o compromisso de enviar pessoas para participar do mutirão pelo menos uma vez por ano.
A participação por internet é a mais viável, mas quais são suas modalidades? Ainda não consegui ter essa resposta para poder passar para as pessoas, existem as outras comissões além da CG, a organização das cartas, etc, mas como funcionam e como aderir a elas?
Resposta da equipe a sua observação:A participação na organização das cartas passa por catalogar cartas da Rede (desde o inicio em 2001 existem cartas) em categorias, possibilitando um acesso fácil. é uma tarefa fácil e que familiariza a pessoa que chega com a história da Rede e suas atividades.
Uma outra atividade que basicamente poderia acontecer internauticamente é a animação/organização das pegadas ambientais da(o)s associada(o)s da Rede Ecológica
Participação na elaboração de material de sensibilização/didático é outra atividade que pode acontecer basicamente por internet

É importante para o núcleo conhecer as críticas e as sugestões das pessoas mais experientes e atuantes na Rede, isso nos ajudará a resolver os problemas identificados.