Blog

Continuação do relato da visita ao MPA

Tentamos saber mais concretamente com que agricultores o MPA de São Bernardino conta para abastecer, por ex. o núcleo de Nova Iguaçu, ou a Rede como um todo.

Foram citando:

Seu Luis em Adrianópolis com verduras
Sandra que quer saber o que plantar, tem banana e aipim. Quer construir uma estufa
Pedrinho ou Bahiano (em Jaceruba, em outra área já bem mais distante) frutas
Seu Pedrinho plantação de arroz e limão tahiti
Erika Feijão, milho, jiló, berinjela, pimentão
Cacau – vive da agricultura, ele faz tudo sozinho, tem escala, é monocultura. Usa veneno.
Denise (Nica) hortaliças
Viu-se a possibilidade de enviarem produtos para o núcleo Nova Iguaçu, uma vez ao mês. A distancia e a logística parecem bastante complicadas, a ponto de se pensar do nosso motorista Antunes levar a encomenda para o Rio, e João Pimenta do Rio para o núcleo.

A situação pareceu se resolver quando falamos da perspectiva deles serem associados da Rede. Eles se interessaram, e já aderiram. Assim quando buscarem seus produtos, levarão as encomendas para o núcleo, nesta compra mensal.

Enfatizamos que não há revenda de produtos, é uma compra para auto-consumo.

Combinaram com Fátima, do núcleo Nova Iguaçu, que mandarão a lista de sua cesta camponesa, que já oferecem em vários locais. E aí se verá a demanda.

Passamos a falar da Rede Ecológica, dos pontos em comum: a necessidade de juntar os 2 elos da cadeia, de como também a Rede tem uma série de princípios, como a necessidade de participar para viabilizar compras mais acessíveis, a autogestão, os 3 Rs.

Mostramos que fomos fazendo muita coisa que acabou ampliando o raio de ação da Rede, para além das compras. Miriam explicou a estrutura básica das entregas, do mutirão, dos vários tipos de ação.

Falamos do aniversário da Rede no dia 22 de outubro, e expressamos o desejo muito forte que Silvio e eles estejam presentes neste momento, tanto no café quanto no almoço. Eles aceitaram e ficaram de falar com Silvio.

Conversou-se rapidamente do projeto Campo e Cidade se dando as mãos.

Agroecologia: produção e consumo na baixada fluminense que estamos pensando em desenvolver a partir de dezembro e no próximo ano na Baixada, e que envolverá eles.

Lucio conversou bastante sobre a vivencia rural, que lhes está sendo proposta, para que eles entendam bem a forma de funcionamento. No caso, envolve 6 integrantes de um projeto de ecovila existente há 3 anos. Enquanto não encontram a terra, se propõem a participar ativamente por alguns dias de sítios. Enfatizou a importância que todos os integrantes do grupo ficassem em um território.

Nesta oportunidade ficou claro que o MPA faz mutirões 2 vezes ao mês, com uma agenda para isto.

Ficou muito claro seu desejo de plantar arroz, inclusive descobriram um agricultor que tem a máquina mas praticamente não usa. Mas vão ter que pagar 0,50 por k de arroz pelo uso da maquina.

Tem também vontade de abastecer a Rede diretamente com feijão, e lhes falta uma maquina, que ficaram de descrever mais precisamente e ver como a Rede poderia auxiliar para que consigam comprar. Ficamos também de conversar com nossos associados da Rede de Engenharia popular Oswaldo Sevá para ver como podem contribuir.

Viu-se os sacos que enviam para a Rede com o arroz a granel, não tem retornado a eles.

Uma iniciativa significativa de comercialização do MPA são as cestas camponesas, que estão sendo distribuídas por núcleos, na cidade do Rio de Janeiro: Catete e Laranjeiras; Botafogo (estão iniciando junto à Alma), Praça Vanhargem, na Tijuca; Copacabana, no Bairro Peixoto, Estácio.

Vinicius, do núcleo Santa menciona que anima uma horta no Catumbi e ele e seu grupo foram abordados por integrantes do MPA do Rio para participar.

2 militantes da cidade distribuem as cestas e vão viabilizando a comercialização na cidade.

Na Fiocruz também estão na feira quinzenal que ali acontece, também com cestas.

Um ponto muito importante abordado foi a presença da empresa Danone na reserva de Tinguá recentemente. A partir de sua chegada parece que o acesso à água está ficando mais difícil.

Atualmente está havendo um movimento para regular a APA da reserva, que encaminha uma certa restrição à ação dos agricultores. Mais informações vão ser colhidas.

Destacamos que a Rede Ecológica foi convidada para participar do Fórum de Circuitos Locais na França, ao qual também irá um representante da Aspta e um agricultor do assentamento Terra prometida. Vai ser importante poder ter material informativo a respeito.

Na volta do sitio, nos mostraram a entrada para a instalação da Danone, onde ficou claro que a ONG Onda Verde é parceira, através de um cartaz .

Muita coisa a tratar! Foi muito positiva a reunião. Viu-se a possibilidade, de que quando Lucio fizer a vivencia rural, a noite vai se fazer um trabalho de conscientização relativa à cadeia do agronegócio e da agroecologia (PPT da Rede) com os produtores locais e também com consumidores da região, que seriam sensibilizados para estarem presentes.