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Relato da Reunião da Coordenação da Comissão de Frescos e Secos (Bibi Cintrão)

Francisco Caldeira (Agrovargem)

Formou-se um grupo que se propôs a pensar e reformular algumas questões relativas a acompanhamento de produtores, possibilitando uma ação mais efetiva e integrada. Aconteceu uma primeira reunião descrita abaixo, e fomos colocando algumas atualizações:

Skype, 17/dez/2018

Participantes: João Cândido, Miriam, Guilherme, Bibi, Brígida, Jana, Carolina
Obs: Erika não conseguiu participar por problemas em acessar o skype

CALENDÁRIO DAS ENTREGAS MENSAIS
Jana informou que já foi fechado o calendário das entregas de secos de 2019, mas que houve pouca participação por parte dos representantes da CG na sua elaboração. Seria necessário os acompanhantes de secos se envolverem mais e consultarem os produtores sobre ele, em especial sobre os prazos entre os pedidos e as entregas. Em especial para os produtos que vêm por transportadoras, faz muita diferença fechar o pedido na sexta-feira ou na segunda-feira. Por isso, os prazos para os pedidos de secos em 2019 estão sendo mudados para a sexta-feira e é preciso enviar um alerta sobre isso a todos os núcleos, tanto na Carta Semanal quanto no zap, para os cestante não perderem e se acostumarem com os novos prazos.

PEDIDOS DE SECOS
Conversamos sobre a importância do calendário dos secos para garantir que os produtos cheguem a tempo do mutirão. Os produtos mais problemáticos são os que vêm por transportadora, em especial Coofeliz, Topanotti, Farinhas Gabi, Aécia, Ecobio. Alguns passaram para bimestral, o que minimizou o problema.

Na assembleia/comemoração do aniversário da Rede Ecológica tiramos como prioridade para 2019 a inserção de mais produtos do MST na lista de secos, aproveitando a existência da loja do MST e a possibilidade de utilizar o mesmo transporte. Ficou acertado com o MST desenvolvermos uma nova logistica conectando o Armazém do Campo para que se veja quais são os produtos , verificar o transporte de cada um, bem como preços e prazos. Haverá um cuidado com nossos fornecedores bem antigos e firmes, para mante-los ou promover uma transição.

Encaminhamentos: A comissão de secos foi integrada à coordenação de frescos, mantendo-se uma coordenação conjunta. É importante pensar formas de manter os acompanhantes ativos, ou seja, que a coordenação não elimine o papel e a necessidade dos acompanhantes individuais.

Lia (Agroprata)

PEDIDOS DE FRESCOS:
Questão do prazo para a inclusão de produtos nos pedidos (envio para Jana):
Algumas disponibilizações de pedidos estão chegando para a Jana apenas na quarta à noite, o que é muito problemático pois a lista tem que ser publicada na terça-feira à tarde no máximo. A Coopaterra é uma das que tem sistematicamente feito isso e há um problema de acompanhamento.

Encaminhamento:
Ter mais rigor com os prazos para recebimento das ofertas de produtos: O prazo do envio para Jana é segunda-feira, com tolerância máxima até terça-feira meio-dia. Depois disso não entra mais naquela semana. No ínterim conseguiu-se nova acompanhante, Carolina Dias, (Urca) com apoio de Marcos Lima (Botafogo).

Marc e Nicole (Sítio Quaresmeiras)

Ofertas do mesmo produto por mais de um produtor
O ideal na Rede seria ter cada produto ofertado apenas por um produtor. Quando o mesmo produto é ofertado por mais de um produtor, temos critérios de prioridade para a escolha. Em primeiro lugar estão os assentamentos de reforma agrária do MST (Assentamento Roseli Nunes e Terra Prometida/Coopaterra) e as entregas por grupos de produtores (prioridades sobre as entregas individuais). Os menos prioritários são os produtores da ABIO que são individuais, maiores e com mercado mais estabelecido, pois fazem as feiras orgânicas, não tem problema com o transporte e dependem menos da Rede Ecológica, a saber: Gustavo, Lindomar, Sítio Quaresmeiras. As maiores prioridades são os assentamentos do MST – Roseli e Terra Prometida/Coopaterra – que têm maior dificuldade com o transporte (precisam de mais volume) e dependem mais da Rede. Assim, sempre que houver sobreposições os assentamentos devem ser priorizados.

No entanto, como estes dois assentamentos são os que têm mais dificuldade de atender os pedidos, decidimos que o mesmo produto pode ser ofertado por mais de um produtor, ficando a cargo dos consumidores escolher. Isso pode ser problemático, mas é preciso um trabalho junto aos cestantes para enfatizar a priorização dos assentamentos.

Algumas ressalvas:
● É preciso verificar com as pessoas da entrega se não há confusão na identificação de quais produtos vieram de quem.
● É preciso analisar caso a caso os produtos, pois há diferentes situações e diferentes níveis de importância, assim como há produtos que são básicos que não podem faltar
PRODUTOS FRESCOS COM OFERTA DE MAIS DE UM PRODUTOR
Fomos analisando caso a caso os produtos, para tirar algumas indicações de prioridades e formas de proceder na definição de quais produtos têm prioridade quando houver oferta de mais de um produtor:

OVOS – É um produto básico bastante importante e não pode faltar. A Glória de Magé tem conseguido atender bem, mas a prioridade seria o assentamento Roseli Nunes, já que, apesar de ela estar em um assentamento, ela é uma produtora individual. Como os ovos têm valor alto, têm sido importantes para viabilizar o pagamento do transporte dos produtos do Assentamento Roseli Nunes (que fica em Piraí). Neste sentido, foi proposta uma alternância, com Glória entregando quinzenalmente, nas semanas dos núcleos semanais (em que o pedido de ovos é maior e o transporte fica viável para ela, pois ela também precisa de um mínimo de entrega). E nas outras semanas entram os ovos do Assentamento Roseli Nunes.

LEITE CRU –
Temos duas ofertas: .Roseli Nunes e Serorgânico. Há diferentes questões: o leite do assentamento Roseli seria prioridade, pois ajuda a viabilizar a vinda dos demais produtos (pelo valor mais alto). Mas não vem todas as semanas e é vendido em garrafas de 2 litros. Será preciso visitar o produtor do Serorganico, o que está sendo preparado.

BANANA – É a principal fruta, ofertada o ano todo. Em alguns momentos é a única. Temos a oferta do Francisco, da Agrovargem, de banana prata e d’água, que é bastante estabelecida e praticamente nunca falha ou dá problema. A Agrovargem é uma organização coletiva (importante na Rede Carioca de Agricultura Urbana) e é parceira da Rede há bastante tempo e por isso é uma prioridade. Embora os assentamentos do MST ofereçam bananas, no caso específico deste produto a prioridade é da Agrovargem. O Terra Prometida tem ofertado outros tipos de banana, que devem continuar a ser incluídas.

AIPIM – a prioridade absoluta é dada ao Terra Prometida/ Coopaterra, pois é um dos carros-chefes deles. Os aipins são maravilhosos, são ofertados o ano todo e há uma diversidade de ofertas. É preciso continuar reforçando a necessidade de aumentar o consumo do aipim (a comissão de cozinha da Rede está com esta preocupação). O problema tem sido não atingir o valor mínimo de R$ 500,00/ pedido (pedido total feito ao assentamento). Bibi informou que existe uma possibilidade de enviarem o aipim para a feira de Vargem Grande, onde falta aipim. Uma articulação com Francisco Caldeira, da Agrovargem está sendo feita. Outra possibilidade que está sendo levantada é incluir nos pedidos da Rede um biscoito feito com o aipim ralado (ou outros produtos a partir do aipim).

BATATA-DOCE – tem muitos produtores ofertando e vários tipos de batatas-doces. A batata tem uma sazonalidade e em algumas épocas falta, então precisa cuidar pra não faltar. Priorizar dois tipos de batatas (evitar ter mais que dois): batata doce comum e batata doce cenoura. Caso estes assentamentos ofereçam outros tipos, pode incluir. Caso tenha oferta das duas batatas pelos assentamentos, não incluir outros tipos de batata. Entre os demais, o Serorgânico é a terceira prioridade.