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Programa Campo e Cidade se Dando as Mãos na Baixada vai apoiar projeto equipamentos rurais, em parceria com APAC

Veja para onde vai a sua doação, a cada Pedido de Secos, ao Programa Campo e Cidade se Dando as Mãos. O quinhão de cada um é muito importante! Pedimos que considere a possibilidade de aumentar a sua colaboração ou número de cotas de 10,00. Saiba porquê:

A partir de julho o Programa Campo e Cidade se Dando as Mãos na Baixada Fluminense vai contribuir com R$ 500,00 por mês para apoiar as atividades em andamento do “Projeto Campo-Cidade se dando as mãos em Tecnologias Sociais”, também chamado de “Projeto Equipamentos Rurais”

O Projeto Campo e Cidade se dando as mãos em Tecnologias Sociais (ou Projeto Equipamentos Rurais, como também é chamado) envolve uma parceria entre Rede Ecológica e APAC (Associação de Produtores Autônomos do Campo e da Cidade, de São João do Meriti). Ele iniciou em meados de 2018, na confluência de três frentes: uma demanda do Movimento dos Sem Terra (de haver equipamentos adaptados à realidade deles), da experiência histórica da APAC de produção de equipamentos voltados para pequenos produtores e da experiência do nosso motorista Antunes (no reaproveitamento de materiais e construção de equipamentos). A proposta do Projeto é fomentar a criação de tecnologias sociais, em especial a produção de máquinas e equipamentos para os produtores agroecológicos dos assentamentos de Reforma Agrária do MST, utilizando materiais reaproveitados, visando a melhoria das condições de vida e de trabalho.

Inicialmente se tentou buscar apoios na França para o financiamento de um trabalho mais sistemático, através da AMAR. Afinal, não conseguimos nenhum financiamento externo, apenas contatos para intercâmbios de experiência com uma organização francesa, denominada Atelier Paysan, que tem um trabalho voltado para a produção de equipamentos que dêem autonomia aos agricultores familiares. Mesmo sem apoio financeiro, uma pequena equipe, composta por Ítalo Albuquerque e Severino (da APAC e do núcleo São João do Meriti) e Antunes (motorista da Rede e assentado no Irmã Doroty) tem se reunido periodicamente e buscado caminhos e soluções para o andamento do projeto. A partir de uma demanda do MST-Rio, esta equipe tem buscado desenvolver uma prensa para a produção de tijolos para a melhoria das construções nos assentamentos. Esta é apenas uma primeira proposta concreta, mas a ideia é que este trabalho se desenvolvendo, seja possível realizar capacitações e pensar a estruturação de espaços para que os próprios assentados possam produzir seus equipamentos, utilizando materiais reaproveitados.

Neste sentido, o Programa Campo e Cidade se dando as mãos vai dar um apoio de R$ 500,00/ mês para que esta equipe possa continuar trabalhando. Para isso, precisamos aumentar um pouco as arrecadações, que têm sido em média R$ 350,00/ mês.

Para relembrar: O Programa Campo e Cidade se Dando as Mãos, da Rede Ecológica, foi criado no final de 2016, visando estimular a formação de grupos populares de consumidores na Baixada Fluminense para realizar compras diretas de produtores também da Baixada. De sua criação até agora, várias ações foram realizadas: – dois grupos de compras foram criados: Caxias e São João do Meriti; – aplicação de questionários junto a assentados para ver a disponibilidade para oferta na Rede; – parceria e apoio ao CAC-Centro de Ações Comunitárias de São João do Meriti na construção de um quintal produtivo agroecológico e estruturação de um trabalho de Educação Ambiental e Alimentar com as crianças e pais; – organização de Vivências Rurais, reunindo agricultoras(es) e consumidores. As ações foram se modificando e atualmente tem apoiado financeiramente (com passagens e materiais) algumas ações voluntárias na Baixada. E os fundos de reserva do programa servem a um Fundo Rotativo para pequenos empréstimos a motoristas e produtores(as) da Rede. O Programa mantém com doações voluntárias dos associados, em cotas de R$10,00, realizadas no momento da compra mensal.