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Novos Produtos entram na Próxima Entrega de Secos

Arroz Terra Livre – COOPAN – COOPERATIVA DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA NOVA SANTA RITA LTDA

Nossa lista de secos está ficando cada vez mais completa. Estaremos recebendo grão de bico e óleo de soja e de girassol, algo muito difícil de conseguir. Rita Scheel-Ybert nos fala mais disso, inclusive de nossa compra pela primeira vez do arroz do MST do sul:

“Estamos trazendo este mês para a Rede Ecológica produtos de dois novos produtores: o arroz Terra Livre, produzido pela COOPAN, uma cooperativa do MST, e produtos da Biorgânica, uma empresa de orgânicos do Paraná.

A origem do Terra Livre é o assentamento Lagoa do Junco, do MST, criado em 1995 e onde hoje moram cerca de 90 pessoas; a cooperativa surgiu em 1998. Hoje a Coopat trabalha com 400 famílias assentadas do Rio Grande do Sul. O arroz é totalmente produzido em assentamentos de reforma agrária, onde 100% da lavoura é orgânica, agroecológica, cooperativa e familiar.

Nossa empresa atua no recebimento, secagem, beneficiamento, industrialização e comercialização de produtos orgânicos para o mercado nacional e internacional.

A Biorgânica é uma empresa que beneficia e comercializa a produção orgânica de cerca de mais de 150 famílias produtoras de cereais e outros produtos orgânicos na região do Sudoeste do Paraná. Têm 11 anos de história e são certificados pelo IBD e pelo Ecocert como comércio justo. Todos os produtos vêm em sacas de 25 kg, o que faz com que tenhamos escolhido não adquirir suas farinhas de trigo (pelas quais são bastante conhecidos no ramo da panificação natural), milho, polvilhos, etc. Inicialmente, optamos por trazer deles o grão-de-bico, óleo de soja e óleo de girassol orgânicos.
Como todos os produtos da Biorgânica, os óleos são enviados a granel e chegarão em galões de 6 litros. Para viabilizar a compra sem demandar a separação no mutirão, que seria impraticável, optamos por estabelecer que o volume mínimo da compra seja o galão de 6 litros. Nossa proposta é que ficará a cargo de cada núcleo combinar quem vai fazer o pedido e como será feita a repartição. Ou seja, em cada núcleo um ou mais cestantes se colocará como responsável por encomendar e pagar o galão, que depois poderá ser dividido e fracionado com outros cestantes deste núcleo.”

Outro produto novo é o pão levain produzido por Diana Rosa do núcleo de Caxias, uma liderança do núcleo ali existente que se destaca pelo interesse e dedicação:

“Moradora da Baixada Fluminense, município de Belford Roxo, desde 2010 tive muita dificuldade para me estabelecer profissionalmente na região, sendo necessário buscar na capital oportunidades de emprego. Em 2014 iniciei um trabalho administrativo no CPDA/UFRRJ, ora contratada como terceirizada, ora como apoio técnico à pesquisa.

Por meio da Profª. Claudia Schmitt conheci a Rede Ecológica e iniciei minha participação no Núcleo de Caxias.

No início deste ano de 2019, não foi possível mais continuar o trabalho no CPDA, pelas razões já conhecidas por todos: corte de verbas para as universidades.

Desde então tenho buscado uma forma de gerar renda.

Paralelo a essa busca, iniciei em casa a produção de pães artesanais para consumo próprio tendo como principal ingrediente o trigo orgânico, adquirido pela Rede e utilizando a fermentação natural. Essa experiência foi tão gratificante e saborosa, que decidi melhorar meu desempenho pensando em comercializar o pão que estava produzindo. Em julho deste ano fiz o Workshop Padoca do Alex .

Alex realiza um incrível trabalho social de padarias na África. Esse compromisso foi o diferencial na hora de escolher o Workshop para me qualificar. A experiência foi muito além do aprendizado, alimentou a alma de ideologia e esperança.

A partir de então, com o apoio incondicional do meu companheiro Luciano Avelar, montei um pequeno “arsenal” de utensílios (panela de ferro, baneton, bol, termômetros e outros) e comecei a produzir um Pão Vivo. Isso mesmo um Pão Vivo.

O levain fala com a gente. O pão reage ao seu estado de espírito. Ele respira, transpira e se não for bem cuidado, ele morre antes de cumprir sua missão de nos alimentar.

O pão artesanal é meu parceiro. E agora ele me proporciona a oportunidade de me apresentar à família Rede Ecológica Rio de Janeiro nesse novo empreendimento que tem como tripé a alimentação saudável, o respeito ao outro (natureza, sociedade, consumidor) e o auto sustento.

Esperamos (o pão, Luciano e eu) que vocês gostem de nossa parceria.”