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Participação no Fórum da Economia da Funcionalidade e da Cooperação

Thaís Schneider faz um breve relato de sua participação no Fórum da Economia da Funcionalidade e da Cooperação:

Pelo que entendi, o trabalho que eles estão propondo em torno da Economia da Funcionalidade e da Cooperação tem como propósito auxiliar empresas e outras organizações/iniciativas, sobretudo pequenas ou médias, que enfrentam desafios relacionados à lógica da economia convencional (modelo industrial baseado na competitividade e na busca pelo maior volume de vendas, geração de resíduos, etc.). A intenção deles é criar um grupo de colaboração e acompanhamento, a princípio reunindo setores específicos, como os de produção têxtil e alimentação. Nesses grupos, pelo que entendi, a proposta é que os participantes tragam quais são as suas dificuldades e então o coletivo, com a assessoria do grupo de pesquisa da universidade, buscaria possíveis soluções baseadas na EFC.

Uma observação que foi colocada, por mim e por outras pessoas, é que ainda não está muito claro como isso vai funcionar na prática. Algumas pessoas entenderam que seria uma espécie de consultoria que a universidade daria. Eles explicaram que seria mais como um acompanhamento mesmo, por meio dessa abordagem, já que a construção seria coletiva.

Também perguntei como eles acreditam que a Rede poderia colaborar com o grupo, se fosse o caso, e como o grupo poderia colaborar com a Rede. Eles explicaram que isso dependeria de entender melhor os desafios que a Rede enfrenta. Convidaram-nos, então, para apresentar novamente o caso da Rede na próxima reunião do fórum, desta vez focando não em como funciona o trabalho, mas nos desafios e obstáculos encontrados para ele acontecer. Eu disse que repassaria a informação para avaliarmos se faz sentido e se haveria interesse e disponibilidade para seguir participando. Uma outra pessoa que estava presente, que produz cosméticos artesanais, também foi convidada para apresentar o caso da empresa dela na próxima reunião.

Minha percepção é de que a abordagem seria voltada especialmente a empresas que queiram mudar de modelo econômico/de negócio e buscar possibilidades mais focadas em cooperação e menos em competição. Eles falam, inclusive, em fazer um trabalho focado com dirigentes. Não sei até que ponto isso poderia dialogar com a Rede; coloquei isso para a Amanda também. Ela disse que se tivermos interesse, pode marcar uma conversa para explicar melhor a proposta.