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Relato da reunião da Comissão Gestora

Estavam representada(o)s os núcleos Grajaú (Beth Bessa) Humaitá (Diogo Antunes), Niterói (Olga Loureiro), Santa Teresa (Sandra Kokudai), Urca (Marinete Merss e Miriam Langenbach) e Vargem Grande (Annelise Fernandez). Várias pessoas tinham confirmado presença, mas tiveram problemas de última hora.

Pauta:
1. Consea Rio
2. Planejamento do ano de 2020

O primeiro assunto tratado foi o Consea, tendo contado com a contribuição da representante do Consea, Beth ribeiro (Campo Grande), através de videoconferência.

Ficou definido que Rodica Weitzmann (Santa Teresa) será a titular, e viu-se a possibilidade de Juliana Guimarães, (Campo Grande), integrante da direção da Feira Agroecológica de Campo Grande ser a suplente.

Vimos novamente a necessidade da Rede se envolver de modo mais profundo no Consea, compreendendo o que ali está em jogo. A ida às assembleias que ocorrem toda segunda terça-feira do mês, à tarde, é um espaço importante de aproximação e entendimento do que o Consea tematiza e trabalha. Beth ficou de mandar o calendário das assembleias e que isto seja amplamente divulgado nos núcleos.

A proposta aprovada é que cada núcleo inclua em cada reunião sua, o que está acontecendo no Consea, e se encarregue de conseguir um representante responsável pela interação com este conselho.

Outro ponto aprovado é que a titular ou suplente do Consea estejam nas reuniões da CG, nem que seja por videoconferência.

Foi destacado o momento difícil que o Consea enfrenta, havendo dificuldades agora para a adesão de instituições que queiram integrar o Consea Rio, ficando assim ameaçada sua própria existência. Há uma crise na prefeitura, havendo pessoas totalmente desinformadas nas funções.

2. No planejamento para 2020 foram trazidas as seguintes propostas:

a. De realizarmos debates 3 ou 4 vezes por ano, que abordem temas atuais, integrando a Rede. Viu-se que o Consea Rio poderia ser um dos temas. O primeiro debate pensado para março seria o do relato da viagem à África da comitiva brasileira para o Fórum Comer Local Agir Global, em que se veriam variadas questões envolvendo segurança e soberania alimentar, a questão da água, terra, etc. Seria o momento do lançamento do vídeo dirigido por Leila Xavier (São João).

Pensamos ainda em momentos posteriores discutir o tema obsolescência planejada, compartilhando o que a Rede faz na luta contra, especialmente a partir do reaproveitamento.

Outro tema seria a recém-aplicada pegada ambiental – cujos resultados chegarão proximamente – e o boicote.

Annelise falou que outro tema poderia ser uma apresentação da Conferência do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, em que um dos temas discutidos foi a questão da luta pelo Casarão, junto a Feira Agroecológica de Campo Grande, espaço de entregas da Rede. Pediu-se uma matéria sobre o casarão para a carta semanal e este poderia ser um tema, a ser tratado, talvez junto com o Consea Rio.

b. No planejamento ficou definido que haverá reunião uma vez ao mês na CG. Houve a proposta de intercalar reuniões presenciais e por internet, mas isto ficou de ser ainda testado. Foi destacado que este é um momento das pessoas estarem olho no olho, algo pouco frequente na Rede.

 

Pensou-se em intercalar terças e quartas de modo que haja mais facilidade das pessoas participarem. Outra questão definida é que os gestores de áreas mais distantes poderiam participar por videoconferência, como fez Annelise desta vez.

Ficou de ser feita uma proposta de calendário. Foi vista a possibilidade de pelo menos duas vezes ao ano haver um deslocamento para um núcleo mais distante.

A próxima reunião da CG ficou marcada para 19/2, quarta às 18:00. O núcleo que vai coordenar é Humaitá.

Viu-se ainda a necessidade de discutir melhor as funções da CG, seu papel, o que ficou de acontecer na próxima reunião, que fechará o planejamento do ano. Mas já se definiu alguns pontos.

Um primeiro ponto que todos gestores tem que ter claro é que deverão levar o que foi visto para sua reunião de núcleo, fazendo circular as idéias e decisões tomadas.

Foi enfatizada a necessidade de rodízio nas funções por parte dos associados, apesar de que foi contraposto que frequentemente pessoas atuam em áreas que lhe são familiares ou nas quais tem talentos, e o rodízio pode dificultar isto.

Um ponto a definir melhor é que questões a CG deve acompanhar, quais não.

c. As visitas aos assentamentos em 2020 estão pensadas para a cooperativa Alaíde Reis, que reúne 4 assentamentos do sul fluminense: 5 visitas ao ano organizadas conjuntamente por dois núcleos.

d. No planejamento viu-se ainda o interesse em priorizar mutirões solidários, momento em que os integrantes da Rede possam estar juntos para apoiar algum(a) associado(a). Falou–se de nossa nova padeira, Diana Rosa, que se mudou para Tanguá ( ver carta semanal 03/2020 do dia 23/01/20) e está organizando um mutirão para o dia 1/2, o primeiro do ano.

Neste contexto se viu a importância das pessoas que tem carro, e o uso destes carros poderia ser considerada uma forma de participação. Seria essencial que na ficha de entrada, ou nas fichas dos associados, na internet, houvesse um item para posse de carro, e também para profissão e interesse, o que pode ajudar muito.

e. Também foi colocada a importância de se criar pequenos eventos e atividades para os cestantes, que possibilitem maior aproximação e conhecimento mútuo.

f. Uma proposta foi de que criemos os Amigos da Rede Ecológica, uma iniciativa informal aberta para pessoas que queiram ajudar, se envolver com a Rede, sem consumir. Já é o caso de Marcos Lima (Humaitá) e Beth Linhares (Urca) que saíram, mas continuam contribuindo para a Rede.

Entramos em outra questão, que não é necessariamente de planejamento, mas tendo a ver especificamente com o núcleo Humaitá. As finanças lá estiveram um pouco confusas, mas está claro que o núcleo não está sustentável, neste momento. Houve saídas de várias pessoas, apesar de o núcleo ainda ter mais de 20 pessoas. A proposta trazida por Diogo e aprovada, é que o núcleo passe para quinzenal, mas tente retornar o mais rápido possível. Parece que muitos só compram quinzenalmente, e a prioridade são os secos. O que fica claro é que as pessoas cozinham cada vez menos, e a Rede tem um papel importante para resgatar a importância da cozinha de casa, daí oficinas de cozinha para associados serem algo a ser desenvolvido.

Terão reunião para ver o assunto e definir possibilidades de saída.

Foi enfatizado por Sandra a necessidade de se ver o equilíbrio dos núcleos em relação a suas finanças.

Finalmente Beth trouxe seu desconforto com pessoas que não participam das reuniões e opinam, questionando esta contribuição. Não que as opiniões não sejam importantes, mas quando estão baseadas no que foi falado. Opina-se sem participar do processo, isto é, das reuniões.

Ficou clara ainda a necessidade de mediadores para a reunião da CG.