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A Rede Ecológica busca saídas em tempos de Corona vírus

Produtores do Café Coopfeliz.

É um momento inicial do processo, no qual nós estamos nos dando conta da gravidade deste vírus e da necessidade de tomarmos todos os cuidados recomendados. Mas está sendo muito bonito ver como a Rede, talvez a partir dos muitos anos de ação coletiva, foi estabelecendo uma reflexão de grupo – seja na Comissão Gestora, na Comissão de Acompanhantes, na Coordenação de Secos e Frescos e, fortemente, nos Núcleos – tudo pelo zap.

Produtor de bananas do Assentamento Terra Prometida.

Uma reflexão que foi chegando a definição em relação a manutenção das encomendas de frescos e secos. Muitos se mobilizaram para apresentar os prós e os contras, pensar em caminhos. Predominou a visão de que uma forma de apoiar nossos produtores é manter as entregas e, assim, nos abastecermos bem, através de alimentos de alta qualidade que seguem princípios agroecológicos e solidários. O medo está presente, como tem que estar, mas não está paralisando, ao contrário, foi se vendo que manter estas compras é se proteger melhor do que ir ao supermercado, caindo no velho esquema do qual nós estamos nos libertando e que representa uma saída individualista.

Tudo isto caminha junto com a escolha do novo espaço do mutirão, que está sendo examinado e procurado com afinco por um grupo, o que também evidencia a dedicação pela Rede.

O próximo mutirão está sendo montado, com a colaboração de todas e todos, com a coordenação geral de Nova Iguaçu, mas acontecendo em 4 turnos, que se inicia às 9:00 da manhã, e vai até às 21:00. Grajau já ocupou com 5 integrantes – a ideia é que haja 5 integrantes em cada turno – assim como Nova Iguaçu o turno final. Ainda estão sendo preenchidas vagas para os dois outros turnos (12 às 15 e 15 às 18).

Produtora Assentamento Terra Prometida.

Está bonito também o movimento em relação aos idosos e infectados, no sentido de lhes levar os produtos, como está se propondo um associado da Urca.

Na entrega de frescos foi legal ver o movimento de ter o mínimo de contato, assim 2 pessoas do núcleo recebem e conferem os produtos, separam pela lista. Vão chegando os associados, uma vez isto pronto e a cesta é colocada do lado de fora, sem contato com o responsável pelas entregas. O pagamento é depósito ou transferência.

Estamos repetindo o que fizemos no ano passado, em que a eleição de Jair Bolsonaro explicitou a perseguição ao MST e nos organizamos para resistir no apoio a esse movimento. E crescemos com isto. Estamos agora dando continuidade a esta visão e com isto escrevendo uma história bonita para muita gente.

E, finalmente, seria interessante que os cestantes informassem, através de seus núcleos, a ocorrência de casos.