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Plenária do MST/MG sobre Quilombo Campo Grande em 17/08 pelo Zoom teve 165 participantes por 3hs

A Plenária teve a participação de várias entidades do movimento social, sindical e político. CUT, UBES, CRESS (Conselho Assistência Social), Consea, Levante Popular da Juventude, PCB, PT, PSoL, Deputados, militantes do MST, Rede Ecológica entre outros. Pelo MST Nacional falou Esther Hoffmann e pelo MST/MG Silvio Neto. Kallen Oliveira coordenou a Plenária. Frei Leonardo Boff narrou que passou dois dias articulando com Governador Zema, com STF, STJ e nada adiantou, nada sensibilizou as autoridades para que não efetuassem o despejo. Dom Vicente Ferreira, bispo auxiliar de Belo Horizonte, profundamente emocionado, destacou a força dos acampados que logo após o ocorrido e depois de quase 60 horas de resistência, já estavam se organizando para a retomada da luta e organização da vida. “O povo do Quilombo resiste e não se deixa abater, ali é o verdadeiro Reino de Deus”, confessa Dom Vicente que sua vontade é de morar lá com os acampados. Tuíra Tule, responsável pela produção no Quilombo, fez os agradecimentos a todos os parceiros. O objetivo da Plenária foi compartilhar as análises sobre o momento vivido pelo acampamento e afinar as próximas ações.

As principais avaliações foram:

1) A reintegração de posse foi uma ação ilegal, criminosa e violenta;

2) Com a ação policial o Governador Zema mostrou a sua face política e ideológica contrário ao discurso que faz através do Partido Novo, de que não é político e sim técnico. Mostrou que tem lado e é o do latifúndio e dos ricos;

3) A Resistência Ativa deve ser o centro da luta dos acampados contra um Estado fascista e genocida;

4) Quem durante uma Pandemia invade o território ocupado, derruba uma Escola Estadual, destrói casas e queima plantações, comete crime e deve ser responsabilizado por esse crime judicialmente;

5) A solidariedade nacional e internacional foi fundamental para garantir a resistência.

Próximos Ações:

1) Reconstruir a Escola Eduardo Galeano que existe faz 50 anos, é um símbolo para os Trabalhadores Sem Terra;

2) Reconstruir as casas derrubadas e recuperar os pertences das famílias que foram levadas para a Prefeitura;

3) Retomar os processos de resistência e garantir o acúmulo de forças fortalecendo os parceiros de luta;

4) Continuar a expor as contradições do Governo Zema

5) Atuar junto ao Sistema de Justiça para o direito à Terra;

6) Ampliar a Resistência Ativa e atuar de forma unitária com todos os movimentos solidários ao Quilombo Campo Grande;

7) Retomar a produção e comercialização dos produtos fruto do trabalho de tantos, principalmente o Café Guaií.