Texto de Rafael Moura (São João de Meriti):
Do final de setembro até início de dezembro, houve uma queda considerável na produção, pois o quintal foi novamente invadido pelo dono do cavalo e ficamos com medo de plantar e perder. Explico: não tem ninguém morando no CAC há mais de um ano e, consequentemente, o espaço ficou exposto à entrada de estranhos, como também de crianças e adolescentes da vizinhança que vão lá brincar, mas acabam quebrando coisas. Neste momento, há a expectativa de uma nova família de moradores ir morar em um dos espaços do CAC. Com isso, plantamos nesta última semana.
Utilizando o composto doado pela Fundação Angélica Goulart (FAG), plantamos berinjela, batata doce, mamão e tâmara (que estamos experimentando para ver se é possível adaptá-la às condições climáticas e de solo do local). A compostagem do próprio CAC tem avançado. Foram produzidos 20 k de composto, em tempos de pandemia, com a escola desativada. Não está nada mal, não é?!
Foi uma grata surpresa o novo modelo de distribuição das cestas, em que as mulheres se integraram ao núcleo de São João, e à sua lista de produtos. As mulheres ficaram muito entusiasmadas, ajudaram na distribuição. Foi legal ver Marli com os morangos: ficou impressionada com a diferença de gosto do morango do supermercado. Elas parecem sentir como se fosse uma colheita, e também assimilaram o espirito de partilha. Quando tivermos nossa produção este espirito já estará presente!
Em 2021 ganharemos mais força!
Importante também destacar que o CAC recebeu um apoio importante da Fundação Angelica Goulart, para a confecção de seu vídeo enviado ao Fórum sobre Resiliência Alimentar na França. Em realidade, trata-se de uma parceria antiga: através da FAG implantou-se a compostagem, com a vinda de Paulo Monteiro para fazê-lo.
A FAG ajuda o CAC neste ano doando composto para a horta comunitária. Também vale dizer que o núcleo Campo, que está atuando junto a FAG, está pensando em organizar um mutirão no CAC em 2021.
