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A primeira reunião do ano da coordenação da campanha Campo e Favela de mãos dadas contra o Corona e a fome (parte 2)

 

Antes mesmo de acontecer a 1ª reunião da coordenação da campanha Campo e Favela de mãos dadas contra o Corona e a fome, uma proposta de organização dos trabalhos para o novo ano que se inicia foi encaminhada. Nela destacou-se a importância de continuar havendo pessoas da Rede para acompanhar os territórios e os produtores, como aconteceu durante o ano de 2020. Em alguns casos, porém, os procedimentos terão de ser revistos a fim de garantir maior estabilidade e integração das ações desenvolvidas.Segue o que foi encaminhado:

Será interessante que o planejamento seja feito para o ano inteiro, dividido em 3 etapas de 4 meses. Eis algumas prioridades:

EIXOS de atuação dos 7 territórios:

 

–  Disponibilização das cestas – agricultura urbana – educação alimentar – geração de renda através da culinária – envolvimento de jovens comunicadores.

 

É importante destacar que a maior parte dos  territórios (CEM, SIM, CAC e FAG), no lugar de disponibilizar as cestas já prontas e de conteúdo igual, está organizando as entregas no formato de feiras/sacolões. Esse é um formato interessante que deve ser fortalecido, pois permite que cada família faça suas escolhas com autonomia e consciência de grupo.

Territórios
CEM – Ana Santos Eva Ferreira (Humaitá) e Rafael Carvalho (Grajaú)
SIM – Debora Silva,  Josefina Mastropaolo (Humaitá)  e Claudete Oliveira(Vargem Grande)
Rua Solidária -Vania, Marcio Rangel, Sandra Kokudai (ambos de Santa) e Julia Stadler (Santa – Alemanha)
CAC – Rafael Moura e Adriana Camargo (São João de Meriti), Beth Bessa (Grajau) e Miriam Langenbach (Urca)
FAG – Ana Paula Rodrigues, Elaine Pereira, Ana Elisa  e Ariela Couto (Campo Grande)

Vargem Grande – Annelise Fernandes (Vargem Grande)
Assentamento Oswaldo de Oliveira – Nelson, Alexandre, Sandra e Miriam

Produtores: exame e seleção de pleitos para produção.
Coletivo Alaíde Reis e Coletivo Terra  – João Candido (Santa)  e Marinete Merss (Urca)
Hydras do Terra – Mayella Barros (Grajaú), Bibi Cintrão (Santa), Sandra Kokudai (Santa), Diana Rosa
Vargem Grande – Jorge Cardia e Jorge, Maria do Céu  – Annelise Fernandes (Vargem Grande)

Campo Grande – dona Dalila Ana Paula Rodrigues, Elaine Pereira, Ana Elisa  e Ariela Couto (todas de Campo Grande)

Assentamento Oswaldo de Oliveira – Nélson Freitas, Alexandre P. da Silva , Sandra Kokudai (Santa) e Miriam Langenbach (Urca)

Trocas entre territórios e produtores:
Encontro de quintais – CEM e Coletivo Terra
Mutirões
Oficinas de cozinha
Oficinas de sabão
Integração para confecção de vídeos

Comunicação:

Elaboração de um vídeo a partir do material reunido  –  Ana Galizia
Apoio aos comunicadores jovens

Demais ações importantes:

 

– Os planejamentos de gastos com a logística devem ficar integrados a todos os eixos: territórios, produtores, trocas e comunicação.

A Campanha Campo e Favela terá de ser reforçada com práticas emancipadoras que lhe confiram maior autonomia. Isso porque esse começo de 2021 configura um contexto catastrófico: por um lado, nova onda da pandemia e de necessidade de quarentena, por outro, anúncio do fim do auxílio governamental de 600 reais, o que trará graves consequências para a população. Esse cenário exigirá que a Rede tenha percepção de seus limites, ao mesmo tempo em que reforce suas  contribuições emancipadoras.

 

Uma primeira proposta na direção de que isso se concretize, feita pela Ana Paula, é que se façam reuniões com as famílias atendidas com a finalidade de ouvir o que elas têm a dizer sobre este momento e o que desejam desenvolver este ano. Vamos conversar sobre como planejar a redução de cestas – do alimento direto –  com o reforço da agricultura urbana, e de práticas de geração de renda a partir da alimentação.  Também poderá ser aventada neste momento a possibilidade de um pequeno subsídio relativo às cestas por parte das famílias também, fazendo-as se sentir participantes do processo. Isto deverá ser melhor visto na nossa equipe.

– Caminho semelhante também está sendo pensado a ser trilhado junto aos produtores, com foco em suas necessidades relacionadas à produção, tentando cobrir tanto os assentamentos com os quais estamos trabalhando, assim como os agricultores  da zona oeste. O fato de os produtores dos assentamentos terem uma organização possibilitou o formato de empréstimo como algo que tem dado muito certo, e pode construir um caminho confortável para ambas as partes. Possivelmente isto será trabalhado também com os demais produtores.

 

É importante deixar claro que esta é uma etapa de levantamento do que se faz necessário realizar, mas existem pleitos diferenciados advindos de várias localidades e espaços. As ações serão definidas segundo critérios e de acordo com prioridades estabelecidas.

– Viu-se a importância de uma maior proximidade com a Aspta, ONG parceira da Rede há vários anos. A Aspta trabalha com a agricultura urbana e acabou de iniciar um projeto patrocinado pela Petrobras com vários pontos em comum com os nossos, no território Vargem Grande. Essa aproximação poderia ser uma boa forma de retomar as ações do GT de agricultura urbana que paralisou suas atividades nos últimos meses.

– Com a Rede Carioca de Agricultura Urbana também há a possibilidade de realizar parceria.

Uma pergunta feita pela Julia, atualmente morando na Alemanha, sobre como anda a integração da Rede com a campanha nos levou a algumas observações:

– É notório que há um grupo de aproximadamente 30 pessoas trabalhando intensamente com a campanha. Os demais associados estão pouco integrados.

– A Rede vem enfrentando algumas dificuldades internas que também precisam de atenção: dificuldade de organizar os acompanhamentos dos produtores; de se conseguir adesões para o mutirão das entregas mensais, como ocorreu neste mês de janeiro, e de manter uma frequência satisfatória nas reuniões da CG.

 

Pensamos em fazer, neste momento, um levantamento, em cada núcleo, sobre a participação de seus cestantes buscando verificar os níveis de aderência às ações necessárias a fim de atender os objetivos da campanha e da Rede como um todo.

Annelise trouxe a situação de Vargem Grande, que está integrada ao novo projeto da AS-PTA. Faltam pessoas no núcleo para acompanhar e trabalhar nas entregas das Cestas para a campanha. Contam apenas com 3 pessoas envolvidas (e da Rede, apenas Annelise). No que se refere à Campanha, uma das prioridades deve ser os produtores e a feira da roça, que enfrentam dificuldades. Annelise trouxe a preocupação com a rastreabilidade dos produtos da feira, enfatizando que a Rede pode ter um papel significativo em relação a essa questão.

campanha de arrecadação está iniciando neste momento com uma pequena estrutura vinculada à nova conta destinada para este fim: Fabiana Araújo (Urca), titular dessa conta, vai alimentar a planilha com os dados de arrecadação; Solange Braga (Urca) vai organizar a relação de doadores, o sistema de pagamento e a vinculação a núcleo; e Beto Jansen (posto Glória), ficará na parte de cadastro, carta de agradecimento e integração às cartas semanais.

Importante que  os territórios atendidos pela campanha, que tem muitos contatos se mobilizem ´para divulga-la e reforça-la.

Ana Paula trouxe informações sobre a movimentação de Campo Grande, que, nos últimos meses, tem mobilizado seus associados no sentido de aderirem à campanha. Foi destacado que a contribuição financeira não deve ser o único eixo, e sim a participação efetiva das pessoas nas atividades e ações que estão sendo priorizadas e desenvolvidas nos territórios.  A ação do núcleo Campo Grande, que está neste momento encaminhando o seguinte aviso aos seus cestantes, é algo a ser seguido pelos demais:

“Participantes do núcleo Campo Grande!! Esperamos que todxs estejam bem!! Passando para lembrar que estamos naquela semana intensa de mobilização, que começou dia 7 e vai até 13 de janeiro (quarta-feira).

Façamos o checklist do que combinamos como prioridade nesta semana:
 – Verificar a lista de amigos e familiares  que fizemos para pedir apoio pra campanha Campo e Favela… 

Enviar o card e o texto que apresenta a campanha, incluindo os nomes que estão na nossa lista.

Anotar os retornos para enviarmos para a coordenação da campanha
Vamos lá pessoal!! Vamos precisar de todo mundo!!”

Encaminhamentos Finais da Reunião:

– Fazer ao longo de janeiro e fevereiro reuniões separadamente com cada  território, para obter um diagnóstico da campanha até aquele momento, traçar novas perspectivas e demandas para a Rede Ecológica em 2021.
– Fazer reuniões de diagnóstico e balanço também com os produtores que estão fornecendo para os territórios, a fim também de conhecer as demandas de apoio à produção e integrá-las ao fundo rotativo.
– O resultados e dados obtidos nessas reuniões serão compartilhados com a Coordenação da Campanha, de modo a subsidiar o planejamento de 2021, avaliar a contribuição para as cestas (que a princípio permanece a mesma nos 4 primeiros meses do ano) e pensar os apoios necessários ao pleno desenvolvimento da agricultura urbana, da produção, da educação alimentar e da comunicação.
– Será elaborado um  pequeno roteiro para proceder ao levantamento de dados junto a produtores, que ficará a cargo de Miriam e João..

Próxima reunião:  25 de janeiro. Às 19h00 na qual serão apresentados os levantamentos já feitos

ANEXO – QUADROS APRESENTADOS PELAS FINANÇAS – PRELIMINARES – AINDA INCOMPLETOS  (relacionada ao balanço financeiro abordado na parte 1)

QUADRO 3 – Doações recebidas, por fontes e por mês (preliminar – ainda pode sofrer correções)

Fonte (Entrada) Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total (soma)
Bem Vindo- Suiça (Leonor) R$6.253,60 R$12.980,89 R$ 19.234,49
Doação AMAR – França (Vakinha) R$9.866,81 R$8.973,97 R$ 18.840,78
Alemanha (Julia) R$9.289,64 R$ 9.289,64
Doação Familiar/Pessoal (Miriam) R$5.400,00 R$ 5.400,00
Doações via Solange (Urca) R$1.300,00 R$1.444,00 R$1.444,00 R$1.372,00 R$108,00 R$36,00 R$ 5.704,00
Doações via Site Rede R$620,00 R$750,00 R$300,00 R$140,00 R$1.180,00 R$ 2.990,00
Doações de associados (via Sistema de Pedidos) R$2.500,00 R$1.920,00 R$1.700,00 R$1.550,00 R$3.730,00 R$21.415,00 R$21.590,00 R$20.650,00 $ 75.055,00
Premio CAU R$8.000,00 R$ 8.000,00
TOTAL (sem Projeto Fiocruz) R$5.400,00 R$4.420,00 R$20.234,41 R$3.444,32 R$11.062,48 R$40.009,72 R$30.756,20 R$21.602,34 R$21.235,00 $ 158.164,47

 

 

Obs: Não inclui o Projeto Fiocruz (depositado na conta da AS-PTA) e R$ 3.600,00 de Bem Vindo depositado diretamente na conta da FAG

QUADRO 4 – Destaca-se a importância das doações internas na Rede Ecológica. O quadro abaixo mostra as arrecadações pelo sistema da Rede, mês a mês:

Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Sistema-secos R$2.500,00 R$1.920,00 R$1.700,00 R$1.550,00 R$1.880,00 R$1.360,00 R$1.080,00 R$1.110,00
Sistema-Frescos R$1.850,00 R$1.515,00 R$1.010,00 R$520,00
Mutirão Solidário R$18.540,00 R$19.500,00 R$19.020,00

QUADRO 5 – Gastos por Território e por tipo de gasto (ainda incompleto – precisa ser complementado com valores de dez)

 

Território de Destino – Gastos realizados Tipo de Gasto Sub-total Total-Território
APP Vargens Cestas R$ 7.109,44
Comunicação R$ 500,00
Oficinas Geração de Renda R$ 400,00