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A comissão gestora da Rede Ecológica tem sua primeira reunião do ano

 

Texto: Elaine Aderne (Niterói)

 

Pauta da reunião:

I- Coordenação de frescos e secos

II – Informes da campanha “Campo e favela 2021”

III – Gestão: Qual a função do gestor na Rede

IV – Comissão gestora: atribuições

Participaram: Beth (Núcleo Grajaú); Ruth, Rita Scheel, Sandra e Thais Rocha (Núcleo Santa Tereza); Carolina Dias, Miatã e Miriam (Núcleo Urca); Adriana Camargo (São João) e Elaine (Núcleo Niterói); Davi (Núcleo Humaitá); Brígida (Vargem Grande); Leticia Ribeiro (Campo Grande); Sandra (Caxias).

A reunião contou com 14 pessoas e foi coordenada por Beth Bessa. Nova Iguaçu justificou sua ausência.

I- – Coordenação de frescos e secos

Rita, integrante da coordenação de frescos e secos, colocou a necessidade de adesão de mais cestantes para esta coordenação, assim como para o acompanhamento de produtores. Ficou claro que o desejável é que haja 2 coordenadores para a comissão de frescos e 2 para a de secos, que formariam a coordenação dos 2 grupos.

As demais pessoas que participam dessa coordenação estão atuando também em outras áreas da Rede. Dessa forma, acabam se ausentando, deixando Rita sozinha. Além de se sentir sobrecarregada, essa situação não corresponde ao seu entendimento sobre um dos princípios básicos da Rede Ecológica: que o trabalho seja minimamente coletivo.

Atualmente, Rita está sozinha à frente dos acompanhantes de secos, Miatã e Sandra com os frescos. Carolina Dias (Urca) acabou de entrar para a coordenação de frescos, mas avisou que, com o avanço da gestação de seu bebê, em alguns meses deverá sair. Miatã está também em várias comissões.

Rita pontuou a importância de se desenhar um perfil para a ocupação das coordenações. Foi sugerido pela Miriam que seja elaborado um texto que explique a função de coordenador(a), com uma abordagem que esclareça as atribuições e desmistifique a ideia de que possa ser um trabalho de Titãs. Sugeriu também que este assunto seja tema de debate nos núcleos.

Miriam indicou que, junto ao cadastro da Rede, existe um documento com a lista das necessidades atuais que foram levantadas. A lista dessas necessidades deverá ser levada para os núcleos em suas reuniões, para discutirem como atendê-las. Isto deverá ser feito 2 vezes por ano, sendo o cadastro das comissões sempre acompanhado e atualizado pelos núcleos, na medida em que integrantes saem e novos entram.

Quanto ao Acompanhamento de produtores, Rita informa que este mês houve ingresso de novos cestantes para o acompanhamento de alguns produtores, mas que ainda é preciso fazer um levantamento para especificar quais produtores estão sendo acompanhados e quantos ainda faltam.

Segundo Rita, como no caso dos secos, há alguns acompanhantes que não estão cumprindo com suas atribuições: acompanhar mensalmente seus produtores e dar o feedback, ou seja, o retorno sobre ajustes e necessidades, se manifestando nas interações da comissão por zap.

Beth ressaltou que, como funcionamos em sistema de voluntariado, enfrentamos sérios problemas na participação efetiva dos cestantes, tanto nas comissões como nas atividades da Rede como um todo. Reforça a necessidade de realização das reuniões mensais nos núcleos, onde esses assuntos devem ser levados e discutidos. E avalia como muito positiva a participação da coordenação de frescos e secos na reunião gestora, sugerindo que, futuramente, outras comissões também participem.

Rita pontua que a Rede é um grupo de compras coletiva, de cuja proposta faz parte a participação nas ações que o coletivo desenvolve. Este é o ponto de partida e o que tem de inovador nessa proposta. Quem não entender isto não está no lugar certo.

Miriam propõe que Rita volte na próxima reunião gestora, trazendo o relato de como a situação está sendo resolvida a partir das indicações dos núcleos.

Sandra sugere que o convite para participar das reuniões da CG seja estendido aos demais cestantes, já que estão sendo online. Tal sugestão foi aceita pelo grupo.

Ainda sobre o tema da participação, Davi sugere a elaboração de critérios para melhor avaliar e acompanhar a participação dos cestantes nas comissões, algo inexistente atualmente. Davi ficou responsável de organizar um grupo de trabalho para pensar ideias sobre como qualificar a participação no trabalho voluntário na Rede.

Sandra levantou como questão a possibilidade de as campanhas estarem absorvendo um significativo número de cestantes, o que poderia estar prejudicando as participações nas demais atividades da rede. Miriam descartou essa hipótese, argumentando que na campanha atuam neste momento aproximadamente 40 pessoas, sendo a Rede composta por 200. O que aconteceu foi que algumas lideranças se envolveram muito com a campanha, ficando sobrecarregadas. Essa é a chance e o momento de outras pessoas participarem.

Por outro lado, Miriam chama atenção para uma questão ainda não vista na Rede: as expectativas quanto à participação das pessoas dos núcleos mensais, que representam a metade dos núcleos da Rede. Isto deverá ser visto pela comissão gestora. O vínculo que une os núcleos mensais entre si e à Rede é potencialmente mais tênue, já que se dão uma vez por mês. No entanto, será necessário pensar em conjunto um formato de participação que preveja cotas de participação para atuação junto a Rede como um todo, além  organização interna do núcleo, considerada como condição sine qua non.),

A grande exceção acontece em Campo Grande, onde o grupo além do contato mensal com a Rede, desenvolve uma participação sistemática, semanal, na feira. Um diferencial  muito importante são as lideranças locais, integrantes da Rede Carioca de Agricultura Urbana, que conseguiram, ao longo de 10 anos, fazer com o que o grupo seja talvez o mais atuante da Rede Ecológica.

Clarear esta questão é importante, para que as expectativas quanto à participação das pessoas fiquem mais bem dimensionadas.

Beth informa que Brigida (Vargem Grande) precisa saber sobre a situação da licença de um cestante por 6 meses e como fica sua contribuição neste período. Miriam esclarece que já temos esta definição. O cestante ao sair só poderá retornar após três meses e, neste período de afastamento, não paga as mensalidades. Depois retoma normalmente.

II – Informes da Campanha de arrecadação

Miriam informa que neste ano de 2021, a campanha está sendo realizada através de 3 tipos de arrecadação:

1º. Arrecadação Interna para os integrantes da Rede – que deverão continuar contribuindo no sistema de pedidos das planilhas e devem ser incentivados a doarem pelo menos uma cota mensal mínima de R$10,00, por 12 meses. Isto garantirá uma certa previsibilidade para a campanha.

Ruth sugere fazer uma campanha em relação a esta contribuição básica, se disponibilizando para trabalhá-la visualmente. E futuramente colocar nas cartas semanais chamadas criativas para todos os tipos de participações (campanhas, mutirões, comissões etc). Sugere também que se peça aos gestores que levem estes assuntos para suas reuniões nos núcleos.

Sandra (comissão de finanças) traz a sugestão de se fazer uma chamada separada no sistema, na qual o cestante ficaria livre para escolher uma melhor data de pagamento, pois isto iria facilitar muito o trabalho da comissão de finanças. A ideia foi aceita para teste no próximo mês.

2º. Arrecadação para o público externo (familiares e amigos) – as doações estão sendo realizadas através do link (formulário). Foi definido que a data de corte para o levantamento da arrecadação veiculada pela carta semanal será o dia 18 de cada mês.

3º. Arrecadação proveniente do exterior –Temos parceiros na Suiça, Alemanha e França   

 

III- Gestão: Qual a função do gestor na rede?

IV- Comissão gestora: Atribuições

Na próxima reunião, ingressarão na Rede como gestores Diana Rosa, que está criando um núcleo em Itaboraí e Gustavo Castro Alves Araújo, em Barra Grande, na Bahia.

Importante que as atribuições dos gestores fiquem claras. Um elemento básico é que haja a transmissão do que se discutiu na reunião para o núcleo, e vice-versa. O gestor traz questões levantadas e/ou vividas pelo núcleo.

Beth mencionou o tema da votação dos assuntos, mas a questão não teve continuidade. Davi sugeriu um aprofundamento relativo às atribuições da CG. A proposta foi aceita e Davi ficou responsável por formar um grupo que trará seu entendimento sobre as atribuições da CG para a próxima reunião.

Miriam reforça a necessidade urgente realizar as reuniões mensais nos núcleos, inclusive nos núcleos mensais, porque isto aumenta a coesão do grupo e faz as pessoas entenderem a necessidade de participação.

Ficou definido também que as reuniões mensais da CG serão coordenadas em sistemas de rodízio mensal, cada núcleo ficando responsável por um mês do ano.

Cronograma das reuniões da CG:

Janeiro – Beth (núcleo Grajaú) Data: 19/01 às 19h

Fevereiro – Miriam (núcleo Urca) Data: 09/02 às 19h

Março – Sandra (núcleo Caxias)

Abril – Rosangela (núcleo Niterói)

Maio – Ruth (núcleo Santa Tereza) a ser confirmado

Outros assuntos importantes:

Continuidade das entregas de secos e frescos – Fazer uma consulta aos núcleos sobre a continuidade das entregas devido às seguintes situações:

dificuldades de participação aos mutirões; não uso de máscaras por alguns motoristas. Viu-se que o produtor de álcool gel encerrou suas atividades.  A comissão de logística deverá conversar com os motoristas e reforçar os protocolos, e a Rede vai providenciar máscaras e álcool gel para eles e para os núcleos.

Foi explicitada a preocupação com os produtores, caso haja suspensão, assim como para os próprios cestantes.

– O projeto Pegada Ecológica também recebeu algumas observações – Rita pediu esclarecimento em relação às categorias utilizadas como referência, no caso, agroecologia e agronegócio. Miriam tentou explicar que esta seria uma forma mais fácil de entender o peso da pegada. A pessoa ou núcleo com pegada leve estaria mais próximo de uma proposta agroecológica, e outros em outros graus demonstrariam algum nível de adesão aos valores do agronegócio. Mas isto ficou de ser melhor esclarecido por Yana Moisés, coordenadora do projeto e seu grupo, que deverão ser convidados para explicar melhor estes conceitos e os resultados.

Davi assinalou que tinha uma expectativa de que a ênfase na “pegada” registrasse o processo da compra: o transporte, a entrega, os produtos embalados em sacos plásticos,  tipo de energia gasta, despesas. Viu-se que este desdobramento seria muito importante, e ficou a ser visto com Yana. Pode ser um novo projeto.

100.000 lives Fora Bolsonaro! – Miriam compartilha que no dia 25, como parte da campanha Fora Bolsonaro, serão feitas no país 100.000 lives, que poderão ser configuradas de acordo com cada grupo. Pensou em propor que fizéssemos uma live voltada para a “pegada ecológica”, focando em alguns pontos:

– um produtor falando do processo agroecológico, os desafios desde a semente, a produção até a comercialização;

– a comissão de retornáveis abordando os 3 Rs –  Reduzir o consumo, reaproveitar, reciclar –  especialmente o reaproveitamento, assim como a campanha Rumo ao lixo plástico Zero.

 

Yana, integrando estas questões aos resultados do que aferiu, abordaria questões relacionadas a estas falas anteriores. Porém, Miriam percebeu que não haveria tempo hábil para ser realizado neste momento, tendo ficado o tema para ser retomado futuramente.

Finalmente, a próxima reunião da CG ficou confirmada para o dia 9 de fevereiro às 19:00.