Agricultura urbana e autocuidado
Horta da Esperança! Este é o nome escolhido por votação pelas mulheres participantes da campanha da ação emergencial da Fundação Angélica Goulart – FAG, que é apoiada por parceiros como a Rede Ecológica. Criar essa horta de ervas medicinais é um desdobramento desse trabalho em Pedra de Guaratiba, realizado desde o início da pandemia da covid-19, situação que escancarou as desigualdades e agravou muito a vida das famílias. Nesse contexto, cuidar de si ainda é algo que impressiona as mulheres: “parece não ser algo para cada uma de nós!” Parece distante! Como parece distante ter oportunidade de comer alimentos saudáveis, agroecológicos, sem veneno. Realidades… Entre um inspirar e um expirar que fizemos hoje nas rodas com grupos bem pequenos de mulheres (pandemia está aí e não se pode bobear!), ouvimos… ” Ah, tive um tempo pra mim!”
“Conheci muitos alimentos novos pra comer bem, alguns achavam que era mato e aprendi que era PANC!”
“A Horta da Esperança foi feita pela gente, quando tiver precisando de uma erva que não tenha em casa, venho aqui na Fundação pra buscar.” ” Vou gastar menos dinheiro pra comprar remédio, uso mais chá, faço xarope…”
” Achava que porque não tinha espaço não podia plantar, aprendi aqui que sempre tem jeito!” ” Durante este 2020 viemos aqui na Fundação conhecer coisas novas, sobre como comer melhor, já estou plantando em casa, tenho gosto de cuidar mais de mim e da minha família.” “Eu quero plantar o guaco, minha avó usava pra dar xarope pra gente quando era pequena e faço pros meus filhos.” Mudas de hoje que já estão nos quintais: terramicina/ guaco/ cidreira/ arnica/dipirona/ menta/ vick/ parietaria/ manjericão/ erva de São João/ tansagem/ Guiné/ kaloba/ hortelã pimenta/ merthiolate. Salve a diversidade! Mulheres da periferia! Mulheres que fazem história!