Com o objetivo de promover o repasse de objetos e materiais que não estão sendo usados, um grupo se formou, gostando muito da ideia e querendo torná-la realidade: Diana Rosa, nossa padeira à frente do pré núcleo Itaboraí, Miriam Barreto (Santa), Eva Ferreira (Humaitá) , Luciana Ferraz.
Contando um pouco sobre a primeira experiência:
Sara Rubia é processadora de alimentos, está à frente do coletivo Feira da Roça de Vargem Grande e é amiga da Rede Ecológica. Está atuando na Campanha Campo e Favela como animadora em uma das comunidades. Sara estava necessitando de um freezer e pediu o auxílio da Rede Ecológica. Como solução alternativa à compra, começamos a ver se haveria alguém que pudesse fazer uma doação. A primeira tentativa não deu certo, pois o equipamento que ia ser doado não estava em bom estado. Mas na segunda, o resultado foi bastante positivo. Através de Miriam Barreto, conseguimos obter um bom freezer, que foi levado por Orlando para Vargem Grande.
Segue a foto e a fala de Sara: “Ele é muito bom, usei este fim de semana para minha produção da feira”.
Dessa experiência, Sara quis se integrar ao grupo do repasse, que, segundo ela, tem tudo a ver com o que pensa. Assim, aproveitou a vinda de Orlando para encaminhar um forno industrial que tinha recebido mas que não usava. Orlando primeiramente deixou o forno – pesadíssimo por sinal! – na casa do João Ribeiro, a casa onde acontece o mutirão da Rede, até se definir que o fogão seria destinado à cozinha coletiva do CEM, especificamente para o espaço de Sandrinha, cuja cozinha já apresentamos em carta semanal anterior e onde certamente será muito bem aproveitado. As ações que aí acontecem fazem parte de um projeto para atender a comunidade com alimentos saudáveis e, através do CEM, também para atender a Rede Ecológica.
Outros objetos, que também foram doados e levados por Orlando quando retirou o freezer, trouxeram muita alegria. Foi o caso, por exemplo, de um armário e uma estante que foram entregues à Luciana, que ficou muito contente, pois tinha acabado de passar por uma enchente que destruiu estes objetos de sua casa.
A organização:
A organização das ações do grupo passou pela definição do modelo de formulário para cadastro de doadores e recebedores; pela sistematização da forma de pagamento dos serviços de Orlando, prevendo-se de 2 a 3 retiradas por mês para que não haja sobrecarga no processo (será uma gestão dinâmica, já que Orlando eventualmente se dirige à cidade, a serviço de uma empresa).
A visão do grupo:
Nosso entendimento é que este “Repasse com o coração” é um projeto que dará um importante suporte para a Campanha Campo e Favela, justamente por visar suprir os territórios com equipamentos e objetos necessários às suas ações.
Agora, já temos nova meta: conseguir mais freezeres para abastecer espaços que assumirão, no período de coleta de caquis, um trabalho de preparar polpas ou outros produtos como chutney, que poderão ser armazenados e comercializados quando a safra já tiver passado. Já fica aqui a chamada para quem quiser doar um freezer.
E muito mais coisa virá.