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Reunião da Coordenação da Campanha iniciando seu Planejamento para Junho, Julho e Agosto

A reunião que ocorreu no dia 25 de maio teve início com uma breve fala de Bibi, representando as finanças. Foi mostrado que o quadro de doação, a aprovação do apoio financeiro de uma região da França, através da Amar, junto com o que havia em caixa, deixa a situação relativamente tranquila, com recursos.

Relato dos territórios:

Coletivo Terra – A Rede doou R$ 1.500,00 para a Vakinha da compra da trilhadeira – Eles arrecadaram em torno de R$ 23 mil, compraram uma trilhadeira conseguindo um frete mais barato. Sobrou um recurso que vão utilizar para a preparação do solo do plantio do feijão de 3 agricultores (trator + outros custos), com cerca de R$ 1.300,00 para 3 agricultores, na forma de empréstimo que será retornado ao coletivo.

Vargem Grande – Vai ter nova Conversa das Quintas no dia 24/junho focalizando a tese de doutorado de Cláudia Melo sobre a Feira da Roça. Mariana Bruce, professora na região, apresentou a distribuição regular de cestas de frescos nos territórios de Santa Luzia e Cascatinha, em 2020. Começaram a construir junto a estas comunidades um processo de organização local com articuladoras locais e foram criando uma base de relação com as famílias.

A partir de março deste ano resolveram trazer as famílias que recebem as cestas para a Feira da Roça de Vargem Grande, que é um espaço importante para a organização na região.

Começaram a organização de uma barraca da Feira Solidária dentro da Feira da Roça, desde o dia 7/março/2021, momento da inauguração da Feira Solidária, trazendo as famílias que recebem as doações para a Praça e para a feira.

Construíram uma ação que envolve as voluntárias da Feira da Roça, dos territórios de Cascatinha e Santa Luzia, principalmente.

Recebem, além da Rede Ecológica, também doações de parceiros. O sítio que acolhe o núcleo faz doações de ovos.

Estão não apenas distribuindo o alimento, mas construindo uma organização popular e fomentando a soberania alimentar no território. Conversam sobre os alimentos. A Feira da Roça é famosa pelos “matos de comer”. Estão fazendo entrevistas com os agricultores, com as articuladoras, discutindo as estratégias de soberania no território, para fortalecer a feira e a organização no território, Conversam ainda sobre a pandemia e a importância de usar a máscara. Estão querendo revitalizar a praça a partir do olhar dos produtores e das famílias. São várias ações coordenadas, que convergem na feira.

Na última feira fizeram conversa com a Teresa … que disse ter um sonho de plantar, mas não tinha espaço. Discutiram várias possibilidades, o plantio em vasos, mas Teresa queria plantar na terra mesmo. Descobriram um espaço no posto de saúde Cecilia Donangelo, que tem uma horta desativada nos fundos. Estão com uma proposta de reativar esta horta, já negociando com o posto de saúde

Concorreram à eleição da AMAVAG e ganharam. Sarah é vice presidente.

Momento é muito rico e o apoio da Rede Ecológica é importante.

Estão atendendo cerca de 30 famílias. Numa das feiras atenderam 50 famílias, ação muito intensa.

A jovem comunicadora tem produzido podcasts. Mariana e Barbara Massot, também associada do núcleo, estão produzindo materiais visuais e vídeos.

No início da Campanha estavam tateando e buscando entender como atuar no território e agora é um novo momento, mais potente, em que as ações estão mais claras.

Gostariam que a Rede aumentasse sua contribuição para R$ 3mil por mês, o que inclui recursos para as cestas, para a horta comunitária e para apoio às pessoas que estão na mobilização.

Sarah Rubia: Resolveram participar nas eleições da Associação porque acharam que era importante que pessoas originárias da região assumissem seu papel articulador e de liderança.

Relembrou Composta Vagem – uma ação envolvendo Comlurb, AS-PTA, Rede Ecológica, de fortalecimento à compostagem. Querem atender a demanda das mulheres da Cascatinha, que querem ter a horta e é próxima. Têm também uma proposta de uma cozinha coletiva e solidária, com espaço para armazenamento de produtos com estufa, climatizado, Agora têm um espaço onde poderiam instalar esta cozinha. A AS-PTA, com o projeto Sertão Carioca, pode ajudar a equipar este espaço. Querem no ano que vem não ter mais perdas de caqui, de banana, de taioba.

Todo este processo de conversa com as comunidades, iniciado com as doações, identificou um interesse das mulheres em participar em algum trabalho de geração de renda. A Feira Solidária está sendo um ponto de convergência entre todos estes projetos.
Querem fazer coleta de óleo usado e têm um espaço onde já se pode fazer sabão. Não é uma cozinha dentro dos parâmetros para elaborar comida, mas serve para o sabão. Existe um espaço de plantas medicinais num outro posto de saúde que também querem ocupar.

Comentários:

Bibi: Um avanço muito grande, muito interessante

Ana Paula: Há uma retomada em Vargem Grande de um potencial que existe ali. Há muitas ações inter-redes, com vários projetos conectados e é importante quanto mais se puder otimizar os recursos que estão disponíveis no momento e que sabemos que daqui a pouco acaba. Tem também o projeto da AS-PTA com a Petrobras.

Miriam: Qual o apoio que a AS-PTA pode dar?

Ana Paula: Os apoios se somam. Ex: na horta da D.Dalila

Mariana: muitas pessoas têm plantios e estão começando. Querem garantir, além das 30 cestas, o transporte e um lanche para as famílias e um apoio às hortas.

Encaminhamento: A APP Vargens vai encaminhar uma proposta de orçamento.

Proposta de Diana para o Rua Solidária:

Rosavelã vai fazer uma oficina de panificação com meninos atendidos pela Casa do Bem.

Tem um dia em que Diana precisa dormir no Rio. Quer aproveitar este tempo e produzir pães para doar para o Rua Solidária.

Se doar 30 pães de meio quilo precisaria de uma quantidade de trigo por mês. A estrutura da casa e a mão de obra são doações da casa. A proposta é não usar trigo orgânico, mas usar trigo comum, porque o custo é muito mais baixo. Diana quer R$ 100,00 / mês para comprar o trigo e oferecer 60 pães de meio quilo por mês para o Rua Solidária. Seriam R$ 300,00 por três meses.

Isso dá um retorno para a Roberta que doou os equipamentos. A ideia é que o Rua Solidária encaminhe 2 pessoas para ajudar no preparo dos pães e aprender a fazer o pão. A compra do trigo depende de ter uma quantidade para não ter custo de entrega. Então vão juntar o trigo da Rede, o da Casa e mais o da Diana, para diminuir custos de transporte.

Sarah compra no Sitio do Moinho e não é caro. Na Rede Ecológica está R$ 8,00/ kg. No Sitio do Moinho sai a R$ 10,00. Diana compra com frete sai R$ 7,25 com o frete. O trigo não orgânico sai a R$ 4,00 a 5,00/ kg. Diana paga R$ 150,00 a saca de trigo da Biorgânica. E este outro sai a R$ 80,00.

Discussão:

Houve um questionamento inicial em relação se era um produto importante, já que a Rede acabou apoiando mais produtos frescos agroecológicos. E também se apoiar trigo não orgânico, algo com o que não concordamos. Mas houve um apoio generalizado à proposta, que também deverá voltar para ser consolidada.

Farinha do PDS Oswaldo de Oliveira:

Sandra: o PDS vai produzir uma quantidade grande de farinha de mandioca. A Rede não tem como incluir agora esta farinha porque está iniciando uma compra com o assentamento Dandara. Uma proposta seria inserir uma doação da farinha para os territórios. Podemos repassar para a Rede e repassar para outras pessoas e fazer uma compra única e maior. A AS-PTA pode ajudar com o material de divulgação. Reforçar os produtos da Reforma Agrária, a resistência ao despejo, a valorização da farinha de mandioca.

Miriam: como fazer a compra?

Sandra: aproveitar a logística dos secos para distribuir os alimentos. O preço da farinha é R$ 8,00/kg

Sarah: Pode interessar à feira da Roça, se tiver como levar até lá.

Chamada pontual na Rede + Compra coletiva para fora + compra para os territórios (territórios passarem a demanda). Preparar o material – Comissão – distribuição no início de julho.

CEM – O GT Hortas pela Rede de Favela Sustentável vai entregar cestas agroecologicas para as comunidades ….estamos avaliando a entrada de alguns secos … seria um bom espaço tbm de escoamento

Caderno Ecológico de Receitas

Proposta de incluir o caderno de receitas agroecológicas junto com a chamada de secos, como um item da campanha, que ficará no ar por mais tempo.

Ana Santos: pensou na adaptação para a realidade local, em fazer a impressão com folhas maiores, para trabalhar as receitas com as crianças pintando e produzindo as receitas.

Outra proposta é transformar em áudios as receitas e a reflexão a respeito. A leitura é pouca, a maioria das pessoas não leem e acaba tendo pouco uso, as filhas precisam ler. Eles ainda estão com cadernos, doaram 20 e ainda estão com 5 sobrando. Estão fazendo algumas receitas, mas houve dificuldade de entendimento da receita. Então o áudio e as receitas impressas poderiam fortalecer o uso do caderno. Podcasts. Os desenhos chamaram a atenção. O que vou cozinhar hoje chamou muita atenção e as ilustrações atraem.

Colocar o caderno também para a venda nas Feiras da Uerj e da Feira de Olaria.

Sandra chama atenção para a necessidade de ir além da venda. Pensar como desdobrar em partes separadas, com podcasts.