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A Comissão de Cozinha em ação

Reunião da comissão de cozinha da Rede Ecológica

Por Bibi Cintrão

A reunião contou com a presença da  AS-PTA  e do PDS Oswaldo de Oliveira

Data: 15/jun/2021

Participantes: Mariana (AS-PTA), Sr. Nelson e Téo (PDS-Oswaldo de Oliveira), Elisângela e Bibi (Rede Ecológica).

 

1) Sobre o Caderno de Receitas:

A AS-PTA está com o Projeto Sertão Carioca, com financiamento da Petrobrás, que tem um recurso previsto para a distribuição, para os parceiros e participantes do projeto, de um caderno para anotações. Como o Caderno Ecológico de Receitas tem páginas em branco, a proposta seria eles imprimirem este caderno para essa distribuição.

 

Para isso, eles precisariam acrescentar uma folha a mais, com uma apresentação/ introdução que fale do Projeto Sertão Carioca (Mariana e Bruna vão criar esta folha). E vão precisar incluir também os logos da Petrobrás e do Governo Federal, que é uma exigência do financiamento. E a logo da AS-PTA.

 

Bibi disse a eles que precisaria consultar a Comissão de Cozinha da Rede Ecológica, mas que a princípio acha que a Rede Ecológica teria todo interesse em divulgar o caderno de receitas e que não haveria problema fazermos uma “edição especial” adaptada ao Projeto da AS-PTA, com as adaptações que a AS-PTA jugar necessárias, desde que inclua os créditos. Sugeriu também que, como vão ser colocadas os logos, inclua os logos de todas as organizações que apoiaram a elaboração do caderno: Rede Ecológica, CEM, SIM, FAG e a Coopcarmo.

 

A proposta da AS-PTA é manter o mesmo formato do caderno, com a mesma encadernação, mantendo a Coopcarmo na elaboração.

Bibi comentou que o caderno tem 30 págs. impressas. A primeira montagem tinha 20 páginas em branco, depois reduzimos para 10 págs. Ver quantas páginas em branco a AS-PTA acha importante incluir.

 

Uma segunda proposta da AS-PTA é incluir como parte do projeto uma oficina, voltada para o público do Projeto Sertão (as comunidades quilombolas da zona oeste) com Jac Carrara e as mulheres da Coopcarmo, para ensinar a montar os cadernos. Bibi comentou que é uma proposta muito boa, também para as mulheres da Coopcarmo contarem sua história, vai ser um intercâmbio muito bom com as mulheres do quilombo.

 

Encaminhamentos:

Bibi vai consultar a Comissão de Cozinha se concordam com a proposta e dar um retorno.

Encaminhar para a AS-PTA o arquivo do em PDF.

Ver com Jac/Coopcarmo: se a Cooperativa tem como emitir nota fiscal (é necessária para o projeto). Refazer o cálculo dos custos, incluindo todos os gastos (inclusive o apoio para o transporte). Bibi comentou que o valor de montagem do caderno é em torno de R$ 10,00.

Mariana ficou de ver quantas cópias eles precisariam e o prazo de entrega, levando em conta que as mulheres da cooperativa precisam de um tempo para esta montagem.

A AS-PTA já está acertando diretamente com a Jac as oficinas.

 

2) Sobre a farinha da Resistência do PDS Osvaldo de Oliveira:

Sr. Nelson e Téo participaram da reunião.

Comentamos sobre a proposta que surgiu na Rede Ecológica de fazer um material de divulgação da farinha da resistência do PDS, que conte a história desta farinha e também valorize o aipim/mandioca.  Denise Gonçalves, da comissão, já fez um primeiro esboço de texto que está sendo circulando na comissão para comentários/acréscimos.

Mariana perguntou se pensamos em algum formato. Bibi respondeu que não exatamente, que pensamos em algo como um folheto que pudesse ser divulgado para quem compra a farinha. Mas que o ideal seria um material que pudesse ser enviado por whatsapp, pois isso facilita a divulgação. Talvez um formato que também possa ser impresso, caso necessário. Mas poderia ser também um áudio ou um vídeo, está bem em aberto.

Sr. Nelson e Téo contaram a história da farinha.

Enfatizaram que o processamento da farinha é diferente das outras, porque embora as roças sejam individuais o processamento da farinha é feito em mutirão, ficando 50% da farinha para quem plantou e os outros 50% pagam os custos da casa de farinha e tem um caixa para o coletivo de produção da farinha camponesa.

Plantam este aipim desde que ocuparam a terra e estavam instalados no “barracão da resistência”, daí o nome “aipim da resistência”, pois foi um dos primeiros plantios coletivos que fizeram. De lá até hoje continuaram plantando o aipim, é um dos produtos que entregam para a alimentação escolar. Desde 2020, por conta da pandemia, não estão entregando para a alimentação escolar e por isso precisaram encontrar outros canais de escoamento. Estão utilizando a máquina de farinha da Prefeitura de Macaé, mas com apoio da universidade (do pessoal da engenharia, da Soltec) estão construindo uma casa de farinha no próprio assentamento, com uso de energia alternativa.

A farinha está sendo vendida no Armazém do Campo, este mês venderam 310 kg para a Rede Ecológica e para a Campanha Campo e Favela. Fizeram uma venda para Bom Jardim (através do Anselmo) e estão distribuindo também para comunidades em Macaé. No ano passado venderam na feira Cícero Guedes.

Além da farinha, um outro subproduto para o qual seria bom ter um material de divulgação é o aipim ralado, que tem muitas possibilidades de uso e que agrega valor, pois dobra o preço da venda: estão vendendo a R$ 2,00/kg do aipim e podem vender o aipim ralado a R$ 4,00 ou R$ 5,00. As pessoas não sabem usar, mas é um produto com muitas possibilidades e eles têm mulheres no assentamento que podem passar as receitas (bolinho, bolo, mingau). Eles também fazem muitas receitas com a massa puba. A Geninha é uma delas, mas tem outras. Bibi comentou que faz um biscoito.

 

Encaminhamentos:

1) Material de divulgação da farinha:

AS-PTA não tem mais recursos para compra da farinha, mas teria interesse em apoiar com o material de comunicação. Mariana sugeriu um boletim de uma folha frente e verso (2 páginas), que incluísse fotos do assentamento e do processamento da farinha, em formato PDF, que possa ser enviado por whatsapp.

O PDS ficou de enviar as fotos para compor este material.

A AS-PTA vai ver se consegue recursos de algum dos projetos em curso para produzir este material. O projeto da Petrobrás não seria o mais indicado, por conta da exigência da inclusão das logomarcas (da Petrobrás e Gov. Federal).

A comissão de cozinha pode enviar para a AS-PTA esta primeira versão do texto.

Depois que tiver uma primeira proposta de texto e formatação, a AS-PTA vai encaminhar tanto para a Rede quanto para o PDS para ver se está ok.

2) Ver possibilidade de fazer também um material para divulgação do aipim ralado

Este material poderia trazer as várias receitas e possibilidades de serem feitas com o aipim ralado, para divulgar seus usos. Proposta da AS-PTA é dar destaque para as cozinheiras que vão ensinar as receitas.

Importante acompanharmos de perto o processo que a Comissão de Cozinha está, junto com os parceiros, vivendo, pois assim, toda(o)s nós, podemos perceber sua importância, e nos empenhar em divulga-lo.