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Relato da reunião da Comissão Gestora

Texto de Gabriel Kalegario (Vargem Grande)
Dia 08/06/21

Estavam presentes na reunião: Beth Bessa, Letícia Ribeiro, Bruno Aguiar, Martina, Diana Rosa Avelar, Marinete Merss, Gabriel Kalegario, Miriam Langenbach

PAUTA:

1. INFORMES:

1.1 Informe sobre o núcleo Itaboraí, por Diana:
● Criado o mais novo núcleo da Rede, composto por Diana, Mariana Silva, Vanessa e Péricles (produtor de Cachoeira de Macacu).
● A princípio o núcleo deverá ser mensal.
● Previsão do primeiro pedido de secos para Agosto.

1.2 Informe da logística sobre as mudanças positivas:
● Novo local, um galpão dentro do Moinho Fluminense, próximo da praça da Harmonia, na região portuária. Está num espaço cedido pela Junta Local, grupo de produtores e consumidores que realizam compras coletivas e estão presentes em feiras. O espaço conta com boa infraestrutura, segurança e fácil acesso via VLT.
● Previsão para utilização do novo espaço a partir de setembro (carta semanal citou dia 17 de julho).
● Assumirão a logística: Adair (Grajaú) e Thais (Santa Tereza). Contarão com um apoio de R$ 50,00 para transporte e lanche
● João Ribeiro já foi avisado da mudança e cumpriremos com ele um “aviso prévio” de 2 ou 3 meses.
● Será necessário acordar com alguém da Junta Local para receber os produtos secos, que chegam ao longo da semana anterior ao mutirão. Essa função deverá ser remunerada.

1.3 Informe – Beth Bessa.
● Como encaminhamento de reuniões anteriores, faremos uma reestruturação no grupo de WhatsApp da comissão gestora, para torná-lo mais dinâmico e com maior foco nas demandas e problemas. Além dos gestores atuais, esta comissão será integrada por um representante das finanças e um da logística. A ser discutido se há necessidade de representação de alguma outra comissão.
● O grupo é de extrema importância pois é um ponto de convergência das principais informações, de diferentes representantes e necessidades.
● Cada gestor deve levantar em seu núcleo quem está mas não participa mais do grupo da CG no whatsapp.

2. Como nos denominamos: Grupo de compras coletivas x Movimento social.

● Foi discutido se a REDE pode ser considerada ou não um movimento social. Levantou-se a questão de levar esse debate a todos os cestantes, para que opinem e acrescentem.

● Posteriormente à reunião, a Miriam elaborou o texto abaixo, reunindo as observações da Marinete e outras pessoas:

“Há 20 anos se formou um grupo de compras coletivas de produtos agroecológicos. Em realidade a Rede Ecológica é muito mais que isso: é uma compra que, no que for possível, é direta, sem intermediários, e local. Ao mesmo tempo, foi se voltando para abastecer do ponto de vista alimentar seus associado(a)s , de uma maneira completa e soberana, e com isto fez uma pequena revolução. Os alimentos frescos, que podem ser semanais, e os secos, uma vez ao mês, possibilitam nossa saída dos supermercados, templo do agronegócio. É dizer não ao sistema capitalista, de modo discreto, mas incisivo.

Fomos fazendo mais: a compra sendo direta, nos abriu para o mundo dos produtores agroecológicos e suas questões. Nos aproximou dos movimentos sociais, especialmente do MST, criando-se uma parceria duradoura e significativa, na defesa da reforma agrária e da sustentabilidade de vários assentamentos . Cada produtor que nos abastece ter um acompanhante significa estarmos mais próximo da realidade do campo, nos colocarmos de certa forma ombro a ombro.

A representação junto ao Consea, há muitos anos, mostra nossa preocupação em construir políticas públicas na cidade do Rio de Janeiro, no que se refere à segurança e soberania alimentar.

A Rede Ecológica, desde 2011 construiu um fundo rotativo e solidário, para atender as necessidades de nossos motoristas e produtores, o que significa a possibilidade de sair de empréstimos bancários, viabilizando consertos e aquisições de veículos ou equipamentos, novamente numa postura inovadora e solidária.

A Campanha Campo e Favela contra o Corona e a Fome, desde abril de 2020, nos aproximou de 7 territórios fragilizados, que estamos apoiando através de alimentos agroecológicos de alguns de nossos produtores, com isso iniciando um potencial multiplicador, e uma chegada da agroecologia, através da comida de verdade, do plantio urbano, das cozinhas coletivas, e de grupos de consumo / feirinhas que estão sendo incentivados.

Nos chamarmos Rede Ecológica supõe uma preocupação com a questão ambiental, e o endosso, sempre, dos 3 Rs: reduzir o consumo, reaproveitar ao máximo, e reciclar basicamente o nosso lixo orgânico, através da compostagem. A atenção às embalagens e seu reaproveitamento, e à luta contra o uso do plástico, fazem parte desta caminhada.
Finalmente, quando dizemos que somos um grupo autogestionário, estamos sinalizando que trabalhamos juntos, através de pequenos coletivos (comissões) ou da vida dos núcleos (somos atualmente 11 núcleos), com uma característica horizontal inovadora.

Estes dados revelam que um pequeno grupo de menos de 200 famílias faz a diferença. Ao completar 20 anos de vida, ininterrupta e prazerosa, estamos falando da construção de um outro mundo possível.”

Pauta para a próxima reunião:
(A organização será do Núcleo de Humaitá, na segunda terça do mês, dia 10/08 às 19h).

Um ponto final abordado, foi a necessidade de termos uma melhor comunicação com os motoristas : Como podemos trazê-los mais para a REDE, já que se mantêm à parte, apesar de beneficiados, por nosso fundo rotativo. Importante que entendam melhor o que é a Rede. O ideal é ter pessoas que sistematicamente cuidem desta relação, através de reuniões específicas com eles. Ficou de ser visto como ponto de pauta para a próxima reunião.