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Feira Solidária das Vargens celebrando

Texto Sarah Rúbia

25 de Julho foi o Dia internacional da mulher negra, latino América e Caribenha.

Também foi dia de Feira Solidária na Feira da Roça. Anteriormente algumas de nossas assistidas nos sinalizou da necessidade de apoio para buscarem o empoderamento feminino: não havia data melhor para darmos início!  Foi um dia de muito troca.!  As Brincantes da Pedra Branca aceitaram o desafio de fazer apenas uma pequena manifestação cultural respeitando as regras de segurança.
Começamos com um lanche preparado pelas culinárias da Feira da Roça, Giovana Berti e Sarah Rúbia, seguido de uma roda de conversas sobre a importância do dia da mulher negra. Todas tiveram a oportunidade de expor suas experiências sobre ser mulher, negra ou latino americana. Segundo a Itana Gomes, líder das Brincantes, “A troca foi linda e potente!”  Não muito diferente da Natasha Souza, integrante do grupo, “Uma honra participar e ouvir falas tão potentes!”  E foi um encontro potente.  Uma rede em benefício dessas famílias e apoio as articuladoras nas comunidades.
É o caso da Mara Bonfim e Teresa Aprígio.  Mara desde o início tem apoiado a Teia de Solidariedade e a Rede Ecológica no sentido de identificar as famílias em vulnerabilidade dentro das comunidades e articular as feiras solidárias.  E Teresa, antes apenas beneficiada, ganhou destaque e hoje é quem chega cedo, recebe os frescos, monta a barraca, ajuda na distribuição. E está sempre sinalizando o que pode ser melhorado, famílias que precisam de uma atenção especial.
No mês de julho as duas foram beneficiadas com o Repasse com o coração” projeto também da Rede Ecológica, foram Mara, que recebeu a máquina de lavar, e Tereza Aprígio, a estante. Foi enviado para o território também um fogão 4 bocas, que provisoriamente está com Sarah Rúbia que precisa fazer manutenção no dela, porém não pode ficar sem fogão. A ideia é que logo após esse período, ele siga para a comunidade de Santa Lúcia. Perguntadas sobre o que tinham para contribuir com o “Repasse com o Coração” ambas responderam : ” O que eu tenho em troca é o meu tempo benefício da Feira solidária”.
Em tempos de pandemia, onde a fome é crescente, o tempo solidário tem valor.
A presença da Rede Ecológica nas Vargens tem sido de muita importância no sentido de reunir famílias e conscientizá-las de que existem formas mais justas e limpas de nos alimentarmos. Que é possível alcançar o empoderamento que tanto desejam. Que é maravilhoso poder colocar a mão na terra e produzir o próprio alimento.
Nossos próximos passos são no sentido de promover oficinas em parceria com o laboratório de pesquisa e educação ambiental da Comlurb com um modelo de horta vertical por entendermos que a maioria delas não tem espaço. Em paralelo a AMAVAG ( Associação de Moradores e Amigos de Vargem Grande) disponibilizou espaço para que seja possível desenvolver projetos de horta e compostagem com essas famílias.
O desafio é grande, mas é possível.