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CEM apresentando seu caminho

De Ana Santos

Dando continuidade ao que foi apresentado na ultima reunião de coordenação, veremos nesta carta o CEM e seus caminhos:
O CEM vive fortemente a questão da vacinação, tem havido falta delas; outras pessoas com medo de tomarem a 2a dose.  Isto está sendo trabalhado pelo CEM.
Outra questão é o fato de ter uma porteira, que é divisão do território: um dos territórios tem o acesso a internet, que é o mesmo lado da milícia.  Do outro lado é o comando vermelho.  Estão tentando uma mediação para resolver estas questões.  O acesso à internet é fundamental, é soberania.
Teve um tiroteio muito forte, colocando as pessoas em risco.  É preciso ter uma relação maior entre as pessoas.
Há muitas pessoas sem teto vindo para a Serra da Misericórdia.  A questão ambiental na favela não está dissociada da cor de pele e das outras questões que estão dentro do território.  Têm as dores e as dificuldades.
Por outro lado há um movimento crescendo a partir das mulheres, dos quintais e da agricultura urbana. Descobriram muita potência nos quintais.  A feira agroecológica e solidária despertou isso no território.  Começaram os encontros dos quintais, que gera uma movimentação e troca a partir da cozinha coletiva.  Tem um intercâmbio com o coletivo Terra, que tem se fortalecido, com o apoio da acompanhante da Rede, Marinete Merss.  A rigor seria importante ter mais acompanhantes, já que Rebeca, que é acompanhante dos produtos do CEM na Rede, tem dificuldade de ir seguindo a campanha.  Têm que ter mais pessoas.
O desenho de planejamento do encontro de quintais se deu numa reunião coletiva.  Foi tirado que o encontro será de dia todo, com almoço no CEM, colocaram uma pia do lado de fora.  Os encontros têm um momento que é o café com política:  o Cosme insistiu neste nome.  Como exemplo, conversaram sobre a televisão, como montam nossos perfis e somos manipulados.  No próximo será moradia digna, para depois chegar na agroecologia.  Uma coisa interessante é tentar ao máximo convergir as atividades.
Cosme é brabo:  fala que não está ali como jardineiro, mas pra ver os quintais, garantir a produção e falar sobre política também.  Estão sistematizando o que tem nos quintais, com códigos para quem não sabe ler. Contaram os pés de quiabo, estão vendo como pesar as coisas
No encontro dos quintais:  uma semana é o encontro, na outra é a oficina .  Na última oficina colheram o melão de São Caetano e já fizeram a tintura, teve muitas trocas, descobrem muitos conhecimento.
O CEM tem um projeto com a Fiocruz e estão trabalhando 4 eixos: Agroecologia e Soberania Alimentar.  Estão buscando diferentes acompanhamentos e pessoas que podem colaborar.  Formação:  Estão com Encontro de Quintais, Escolinha de Agroecologia, …
Estão conseguindo multiplicar os trabalhos multiplicando pessoas e lideranças que surgem e assumem alguns trabalhos.  Dá para sentir que as mulheres estão se emancipando.
Pedidos e apoios: não precisam do apoio na feira normalmente.  Gostariam de ter uma feira, para inaugurar a associação de moradores, das quais o CEM ocupa a presidência, e sensibilizar as pessoas com a barraca da saúde.  Ter uma feira solidária com barraca da Fiocruz, mulheres em ação.  E vão falar da vacinação, da importância da segunda dose.  Querem fazer um super-feirão, trazendo a Rede Ecológica e a presença, com estas diferentes barracas.  Fazer uma “educomunicação”, como a FAG faz.  A Fiocruz tem um desenho mensal de feira
Tem sido distribuídos os cadernos ecológicos de receitas.
Marinete dá o depoimento de como está muito impressionada de como estas trocas dos quintais têm rendido, as trocas no grupo são muito bonitas.  É um trabalho que literalmente está dando frutos.
Ana Santos acha que vão conseguir colocar um Escola de Jovens e Adultos ali.  As mães começaram a acompanhar as crianças.