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Os primeiros passos para definir o formato da continuidade da Campanha

Em nossa ultima carta, colocamos algumas questões relativas a como continuaremos.  A primeira medida concreta tomada: realizar entrevistas com os 7 territórios (será apresentado na próxima carta).
O segundo passo foi ter uma uma reunião com a comissão gestora, em que foi discutido o assunto de como continuar.  A seguir colocamos o relato desta reunião.
Reunião da CG  –  Data: 09/11/2021
Coordenação núcleo Nova Iguaçu Shirlene Garcia Presentes: Shirlene Garcia, Gabriel Kalegario, Elizabeth Bessa, Beatriz Rezende, Miriam Langenbach, Solange Braga, Martina Molinu, Elaine Aderne, Leticia Ribeiro, Sandra Helena, Davi Henrique, Marinete Merss
Estavam todos os núcleos com exceção de um, excelente resultado dos últimos meses, e que expressa nossa união. Por sua vez, apareceu a necessidade de cada gestor ter um suplente, para evitar sobrecarga.

Informes:
– Núcleo Nova Iguaçu (Shirlene)
Respondendo à pergunta, de se e quando o núcleo Nova Iguaçu pretende retornar às compras coletivas, Shirlene informa que estão se organizando para a retomada em janeiro.  Seu espaço habitual de entregas , no CENFOR (Centro de Formação ligado à igreja católica) está em questão.  Estão pretendendo conversar com a direção a respeito e em caso negativo buscar novo local.
Atualmente estão com 8 associados, que se mantiveram ao longo da pandemia pagando mensalmente a associação, um apoio significativo.
Uma pessoa do núcleo comentou que pela impossibilidade de participar dos mutirões prefere sair da Rede Ecológica. Sugeriu-se que se busque outra forma de participação mais compatível.  A maior dificuldade do núcleo é a vinda ao mutirão devido à distância, custo de deslocamento, pandemia, etc.
O produtor representante do grupo Serorgânico, João Pimenta, se colocou à disposição para pegar os gêneros alimentícios para o núcleo, caso ele volte a funcionar.  Como João não tem descido para transportar produtos, ficou de se ver esta questão, já que vir especialmente para isto poderá pesar sobre as finanças do núcleo.
– Núcleo Humaitá (Davi)
“O Núcleo Humaitá está há 2 anos sem sede. Durante a pandemia o núcleo se esforçou para buscar um espaço, mas muitas entidades e instituições estão fechadas para essa parceria por conta exatamente do COVID.
Nestes dois anos, contamos com o apoio de cestantes para hospedar o núcleo, e neste momento a entrega está acontecendo junto à Escola Nau (Urca).
O que fazer? Precisamos mais do que ideias de espaços, de contatos mais certeiros, indicações de pessoas que realmente possam fazer a diferença nesta aproximação do núcleo com uma instituição.
A condição atual coloca o núcleo seriamente em risco.  A manobra óbvia e já indicada seria suspender o núcleo por um tempo e realizar uma distribuição dos cestantes nos demais.
Humaitá nem está tão deficitário porque reduzimos frete e saíram 3 cestantes que dificultou um pouco nossa situação.  Estamos precisando também de mais cestantes. “ Ficou um compromisso de se divulgar a difícil situação do núcleo Humaitá em todos os núcleos, buscando entre os integrantes possibilidades de contato.

– Campanha Campo e Favela de mãos dadas contra o Corona e a fome:  como encaminhar em 2022?
Estamos há praticamente 2 anos viabilizando, através de doações, as ações desta campanha.  E percebemos ser fundamental fazer uma avaliação rigorosa, para definir o formato de continuidade, cuja necessidade está muito clara.  Mas temos clareza que temos limites.
Olharmos mais para dentro da Rede Ecológica vai ajudar a esclarecer.
Do ponto de vista financeiro, de número de associados, ficou visível pelos depoimentos dos gestores que a maior parte dos núcleos está deficitária, não apenas de número de associados, e consequentemente com déficit financeiro, mas também quanto à participação. A campanha acabou absorvendo um bom número de associados, especialmente os mais atuantes.  Há várias lacunas no funcionamento da Rede e na vida das suas várias comissões.
Por sua vez, quanto à campanha, foi trazido que a coleta de recursos junto aos associados tem sido difícil, já que passamos por um período de extrema instabilidade e insegurança.
A campanha tem 3 fontes de recursos:  a dos próprios associados, a dos amigos da Rede, que são pessoas de fora, muitas vezes através de contatos dos associados e, finalmente, a do exterior, Suíça, Alemanha e França, que tiveram um papel muito relevante no início.  Os dois primeiros praticamente se retiraram, ficando a Amar, ong francesa, que conseguiu por duas vezes financiamento do governo da Bretagne, quando encerrou sua coleta.
Foi levantado no grupo a possibilidade de acessar editais, algo polêmico, por serem trabalhosos, provisórios e direcionadores, tirando qualquer autonomia.  Mas insistiu-se que este formato deveria ser considerado, no caso, associados recebendo pela coordenação dos projetos.  Também a parceria com outras instituições foi aventada, mas também exige esforços.
Encaminhamentos
Ficamos de fazer, até a próxima reunião da CG, o levantamento das seguintes questões:
1. Do ponto de vista interno da Rede: em cada núcleo se levantar quem pretende continuar na Rede ao longo de 2022.  Em caso positivo, quem pretende aderir à campanha, colocando valor e duração.
Um segundo aspecto, levantar a participação de cada um no núcleo, e definir como ela ficará para o próximo ano. No caso, talvez com prioridade, a participação dentro da Rede, mas também considerando ações junto à Campanha.
2. Do ponto de vista da Campanha: importante examinar os nossos apoiadores do exterior, e ter sua definição se pensam em dar continuidade e de que forma.  E também fazer um levantamento junto aos amigos da Rede, tanto examinando o fluxo de doações ao longo do ano de 21, quanto da intenção de continuar em 2022.  Entre os amigos da Rede, foi dado destaque a pessoas que estão iniciando agora, se comprometendo por 12 meses, especialmente da região de Macaé, onde está um dos territórios, o PDS Oswaldo de Oliveira.
Beth e Miriam terão uma reunião com a coordenação da campanha nesta semana, onde estas questões serão examinadas.

Gabriel ficou de preparar um formulário a ser encaminhado aos núcleos, para fazer este levantamento.  Deverá ser discutido no grupo, e ficará pronto em uma semana.  A partir disto haverá a consulta aos núcleos, que será trazida para a CG na sua próxima reunião em dezembro.
Foram colocadas questões relativas a se continuar apoiando com alimentos os vulneráveis, e também a necessidade de personalizar mais as ações.

Finalização das doações para a Kombi de Antunes:
Nova Iguaçu passará em 13 de novembro o total arrecadado de aproximadamente R$ 800,00. Caxias organizou também uma rifa, e poderá disponibilizar o dinheiro em 20 de novembro no valor de aproximadamente R$ 1.000,00.

Informática se organizando:  Uma novidade é que a parte de informática relativa ao sistema será compartilhada através de um curso de formação promovido por Aline Almeida a outros membros da Rede.

A próxima coordenação da CG será feita pela Urca em 14 de dezembro, às 19:00.
Como dever de casa solicitou-se a cada gestor ler com calma o relato sobre as comissões e ações da Rede para interagirmos no nosso grupo de WhatsApp para apoiar a definição de prioridades e a reestruturação de algumas frentes de trabalho.