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Relato da reunião da coordenação da Campanha Campo e Favela contra o Corona e a Fome

REUNIÃO COORDENAÇÃO CAMPANHA – 11/11/2021

PRESENTES: Adriana (CAC), Ana Paula (FAG), Ana Santos (CEM), Beth, Beto, Bibi, Débora (SIM), Jade (Vargens), Jussara (CAC), Lúcia (CAC), Márcio, Mariana (Vargens), Marinete, Miriam, Sandra K. e Solange.
INFORMES
1- AMAR: como não puderam realizar os ¨chantiers¨ no Brasil devido à pandemia, solicita uma relação de ações de intercâmbio entre campo e cidade realizadas pela Rede, para justificar valores recebidos. Pretendem realizar um fórum no Rio em 2022. Necessidade de reunião entre AMAR, Rede e territórios a ser agendada.
2- Ideias com vistas à campanha em 2022, surgidas na reunião de 09/11/21 da CG: considerar-se a possibilidade de se acessar editais; parcerias com outras instituições e arrecadação por metas e não mensalmente; sondar nas 3 fontes de recursos a continuidade das doações. Encaminhamento: elaboração de formulário para levantar em cada núcleo quem pretende continuar na Rede em 2022, e se pretende aderir à campanha, colocando valor e duração. E também não só a participação nas comissões da Rede, mas também na campanha. Gabriel, gestor de Vargem, já está finalizando o formulário, com contribuições do grupo de whatsapp da CG.
3- Possibilidade de serem feitos vídeos sobre os territórios pelo custo de 300,00.
SOBRE A REDE APÓS 2 ANOS DE CAMPANHA
Foram colocadas 3 diferentes percepções:
– a dedicação à campanha sobrecarregou o grupo que está também sempre à frente das ações da Rede e, além disso, o déficit atual de participação dos associados, o que vem causando várias lacunas na sua estrutura;
– pelo contrário, não há problema na estrutura da Rede: a campanha está até ajudando e fortaleceu a Rede;
– houve uma sobrecarga sim, em 2020, mas em 2021 houve uma aliviada.
SOBRE OS RUMOS DA CAMPANHA
REDE:
Desde o início de 2021 foi sinalizado que no final do ano haveria uma avaliação dos rumos da campanha.
Temos condições de continuar, com alguma reformulação, dependendo dos recursos que vão ser garantidos para 2022.
Proposta de se contratar um profissional remunerado para gerenciar nossas redes sociais.
Foi solicitado aos territórios propostas para ajudar a pensarmos na continuidade, considerando-se a possibilidade de termos menos recursos.
Devido à importância da divulgação de tudo que foi realizado, tanto para todos que já fizeram alguma doação, quanto para os futuros doadores, foi pedido aos territórios um balanço para ser apresentado na última Live das Quintas, em dezembro deste ano.
Além do formulário que vai ser aplicado pelos gestores em seus núcleos, Beto vai elaborar outro para enviar a todos os doadores externos, com a ajuda da Solange, para sabermos com que recursos podemos contar.
TERRITÓRIOS
Vargens: Mariana esclareceu que a campanha viabilizou famílias com extrema vulnerabilidade social e, considerando o terrível cenário atual, enfatizou que não podemos parar agora, que precisamos encontrar soluções. Destacou que a Rede tem uma responsabilidade social em relação à segurança alimentar. Propôs que se remunerem pessoas dos próprios territórios para fazerem projetos.
SIM: Débora, muito grata à Rede, acentuou a situação terrível de fome que presencia diariamente. O levantamento que tem feito demonstra que a situação tem piorado. Mas reconhece que devemos reformular e que está aqui para somar. Visando à emancipação dessa população, quer ajuda para alavancar a cozinha comunitária, que vê com grande potencial. Aposta também no trabalho dos quintais produtivos que vem sendo desenvolvido em parceria com o CAC. Informou que atenderam hoje 45 famílias com as cestas da campanha.
CAC: Adriana (coordenadora/professora da escola) sugere que cada território apresente seu caminho. Propõe alimentação saudável para o lanche das crianças. Está esperançosa com o trabalho do quintal produtivo, desenvolvido pela Juliana. Jussara (presidenta recém empossada), muito preocupada com o cenário, reforça que precisamos pensar saídas para haver a continuidade da campanha. Lucia (vice-presidenta do CAC e diretora da escola recém empossada) esclarece que a retomada para a continuidade do CAC é um momento de muita dificuldade, mas está reunindo forças para trazer a comunidade pra dentro do CAC. Até para isso a cozinha é fundamental. Reconhece a importância do trabalho da Rede. Está disposta a arregaçar as mangas e fazer acontecer.
CEM: Ana vê muitas possibilidades que precisamos amadurecer. Necessário buscar outras fontes de renda. Vê como fundamental o intercâmbio entre os territórios, assim como o fortalecimento da relação entre o campo e a favela. Entende que a Rede precisa se voltar para muita coisa que está parada. Vê potencial dos núcleos para fortalecer a campanha com ações.
FAG: Ana Paula defendeu que a campanha deve continuar de acordo com as necessidades de cada território, não havendo um padrão. Além dos recursos em dinheiro, importante também levantar outros diferentes recursos que são importantes para muitas ações. Observou que o que sobrecarrega é a baixa participação dos cestantes porque são os mesmos que estão nas várias frentes e comissões. Reconheceu que é difícil sustentar uma campanha permanentemente por 1 ano inteiro e sugeriu fazermos 2 ou 3 maratonas em datas ligadas à agroecologia, Dia do Agricultor ou Dia Mundial da Alimentação, até com cunho educativo, como “O que está atrás da doação do dinheiro?” Frisou que a doação de alimento nunca foi a meta, mas um trabalho permanente com vistas à geração de renda. Assim, na FAG desenvolveram várias ações de cunho educativo com foco na geração de renda, porque é importante abrirem os horizontes. Importante também os cestantes conversarem mais com os territórios.
PDS Osvaldo de Oliveira: Necessitam prioritariamente da limpeza de 4 valas que estão impossibilitando o plantio. Apreçaram há 3 meses esse serviço: 800,00 por 8h de trabalho diário, o que limparia apenas 100m por dia. Vão atualizar o valor e em quanto ficaria o total da limpeza. Mas ressaltaram que qualquer valor doado seria muito bem-vindo.
Sandra desabafou que se sentiu desrespeitada por não ter sido consultada sobre a conversa com o PDS Osvaldo de Oliveira, sendo acompanhante dele. Beth e Miriam se desculparam, esclarecendo que houve pressa em realizar as entrevistas, para que pudessem agilizar e divulgar o relato antes da reunião. E ainda que não foram chamados outros acompanhantes.
ENCAMINHAMENTOS
Em aberto.